Finanças
Dólar recua e Ibovespa fecha em leva alta, com dados fracos de trabalho nos EUA
Efeito positivo da trégua no avanço dos rendimentos dos Treasuries foi atenuado pela queda acentuada das ações da Petrobras.
O dólar fechou em queda frente ao real nesta quarta-feira (4), em ajuste depois da disparada recente, enquanto os avanços dos rendimentos dos Treasuries mostraram trégua na esteira de dados de emprego mais fracos do que o esperado nos Estados Unidos. O Ibovespa, por sua vez, fechou em alta.
No dia, Ibovespa subiu 0,17%, a 113.607 pontos, após acumular perda de 2,7% nas primeiras duas sessões da semana. O dólar recuou 0,01%, a R$ 5,1524.
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Dados dos EUA
A criação de vagas no setor privado dos Estados Unidos ficou bem abaixo do esperado em setembro, mostrou o Relatório Nacional de Emprego da ADP nesta quarta. Foram abertos 89 mil empregos no mês passado no setor privado, contra expectativa em pesquisa da Reuters de criação de 153 mil postos de trabalho.
Além disso, o setor de serviços dos Estados Unidos desacelerou em setembro, com o volume de novos pedidos caindo para um recorde de baixa de nove meses, mas o ritmo permaneceu consistente com expectativas de crescimento econômico sólido no terceiro trimestre.
O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM na sigla em inglês) informou nesta quarta que seu PMI não manufatureiro caiu de 54,5 em agosto para 53,6 no mês passado.
Na esteira dos dados, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA – que vinham de um movimento de alta implacável nos últimos dias – passaram a cair, uma vez que a fraqueza do mercado de trabalho poderia ser uma justificativa para o Federal Reserve (Fed) não ser tão agressivo em sua postura de política monetária.
De acordo com Bergallo, da FB Capital, o mercado ainda está “sem direção ou referência” sobre os próximos passos da política monetária do Fed, de forma que devem aguardar ansiosamente o relatório de emprego mais abrangente do governo dos EUA, agendado para sexta-feira, para obter um direcionamento.
Bolsas mundiais
Wall Street
As ações dos Estados Unidos fecharam em alta nesta quarta-feira e o índice de tecnologia Nasdaq ganhou mais de 1%, após forte queda na véspera, conforme dados mostrarem que a criação de vagas de trabalho no setor privado nos EUA aumentou menos do que o esperado em setembro.
O Dow Jones subiu 0,39%, para 33.129,55 pontos. O S&P 500 ganhou 0,81%, para 4.263,75 pontos. O Nasdaq avançou 1,35%, para 13.236,01 pontos.
Europa
As ações europeias caíram pelo terceiro dia consecutivo nesta quarta-feira, pressionadas por quedas em papéis ligados a commodities e varejistas, enquanto os rendimentos de títulos dos Estados Unidos e Europa deram uma pausa depois de atingirem os maiores níveis em vários anos.
- Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,77%, a 7.412,45 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,10%, a 15.099,92 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 fechou estável a 6.996,73 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,17%, a 27.435,59 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,68%, a 9.102,90 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,26%, a 5.824,40 pontos.
Ásia e Oceania
O índice de ações japonês Nikkei caiu para uma mínima de mais de quatro meses nesta quarta-feira, acompanhando as quedas de Wall Street.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 2,28%, a 30.526 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,78%, a 17.195 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC permaneceu fechado.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, não teve operações.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 2,41%, a 2.405 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 1,10%, a 16.273 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 1,41%, a 3.147 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,77%, a 6.890 pontos.
(* com informações da Reuters)
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