Finanças
Ibovespa encerra em queda após 3º mês de deflação; dólar sobe a R$ 5,27
Recuou do indicador acelerou durante a tarde junto com a queda em Wall Street.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em baixa nesta terça-feira (11), acompanhando pessimismo no exterior e com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caindo pela terceira vez consecutiva, recuo de 0,29%. Já o dólar fechou em alta após movimentos de proteção contra riscos globais.
No dia, o Ibovespa recuou 0,96%, aos 114.827 pontos. Já o dólar avançou 1,57%, negociado a R$ 5,2716.
- Cotação do Ibovespa hoje
- Cotação do dólar hoje
- Cotação de criptomoedas hoje
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,29% no último mês, após baixa de 0,36% em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11). No ano, a inflação acumulada é de 4,09% e, nos últimos 12 meses, de 7,17%.
O recuou do indicador acelerou durante a tarde junto com a queda em Wall Street, após o presidente do Banco Central da Inglaterra indicar que a instituição não prorrogará programa de compra de títulos.
O BC britânico interviu no mercado depois de reação negativa de investidores a um programa fiscal anunciado pelo governo para financiar o crescimento. A situação é acompanhada de perto pelos agentes globais.
B3 (B3SA3) e Vale (VALE3) foram as maiores contribuições negativas ao índice, enquanto Braskem (BRKM5) disparou na ponta oposta após notícia que a gestora Apollo elevou proposta de aquisição da companhia.
A alta do dólar se decorre após movimentos de proteção contra esses riscos globais, é em meio à perspectiva de novo estresse no mercado de títulos britânico, apreensão sobre dados de inflação norte-americanos e ambiente geopolítico tenso que a moeda se valorizou.
Bolsas mundiais
Wall Street
Os índices S&P 500 e Nasdaq fecharam em queda nesta terça-feira, após indicações do Banco da Inglaterra de que apoiará o mercado de títulos do país por apenas mais três dias aumentar o nervosismo do mercado.
De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,69%, para 3.587,53 pontos. O Nasdaq recuou 1,08%, para 10.427,83 pontos. O Dow Jones subiu 0,08%, para 29.226,01 pontos.
Europa
As ações europeias caíram pela quinta sessão consecutiva nesta terça-feira, com os investidores preocupados com as perspectivas de uma desaceleração econômica global e de os lucros corporativos serem pressionados pelo aumento das taxas de juros à medida que os bancos centrais intensificam sua luta contra a inflação.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,56%, a 387,95 pontos, o menor nível em mais de uma semana.
- Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 1,06%, a 6.885,23 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,43%, a 12.220,25 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,13%, a 5.833,20 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,87%, a 20.730,50 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,78%, a 7.355,90 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,46%, a 5.288,80 pontos.
Ásia e Pacífico
O índice de referência de Hong Kong foi abaixo dos 17.000 pontos pela primeira vez em 11 anos, após a China afirmar que irá manter sua política de Covid zero, o que amplia as preocupações com uma desaceleração.
As ações da China, entretanto, subiram após uma série de quatro sessões de perdas, impulsionadas por papéis de nova energia, já que os participantes do setor esperam ganhos robustos no terceiro trimestre.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 2,64%, a 26.401 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 2,23%, a 16.832 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,19%, a 2.979 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,18%, a 3.727 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 1,83%, a 2.192 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 4,35%, a 13.106 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,08%, a 3.105 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,34%, a 6.645 pontos.
*Com informações da Reuters.
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