Ibovespa fecha em queda e dólar sobe mais de 2%, de olho em pandemia

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, reverteu alta nesta quarta-feira (24) e fechou em queda. Já o dólar fechou em alta de mais de 2% em relação ao real, com investidores de olho nas negociações sobre medidas de combate à pandemia de covid-19 no Brasil.

O Ibovespa fechou em queda de 1,06%, aos 112.064 pontos. O dólar avançou 2,25%, cotado a R$ 5,6380 Veja outras cotações.

Depois de mais de duas horas de reunião entre os presidentes dos Poderes, ministros e governadores, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a criação de mais um comitê, com a responsabilidade de definir as ações do combate à epidemia de covid-19, em coordenação com os governadores.

Do cenário externo, o dia foi marcado pela notícia do navio porta-contêiner que encalhou no Canal de Suez, bloqueando a navegação em uma das principais rotas de abastecimento do mundo. O incidente elevou as cotações do petróleo neste pregão. Além disso, a alta dos juros dos Treasuries longos (títulos do tesouro americano) também se ampliou, apoiando a alta da moeda americana.

Destaques da bolsa

A maior alta do dia foi do Carrefour (CRFB3) que saltou 12,77%, após anunciar a compra do Grupo BIG por R$ 7,5 bilhões, expandindo a sua presença no Nordeste e Sul do país.

Subiu também a Suzano (SUZB3). com alta de 2,63%, em dia de evento com investidores e após elevar preços na China para nível recorde.

Ainda entre as maiores altas a Gol (GOLL4) avançou 2,46%, em meio a decisão de incorporação da controlada Smiles e após elevar oferta aos acionistas.

No lado oposto do Ibovespa, IRB Brasil (IRBR3) teve queda de 6,2%, em correção de ganhos após divulgação de resultados de janeiro, que mostraram lucro da companhia.

Caíram também Via Varejo (VVAR3) e Magazine Luiza (MGLU3) com baixa de 5,53% e 5,3%, respectivamente, em dia ruim para o e-commerce e repercutindo a compra do Grupo Big pelo Carrefour.

Bolsas globais

O índice S&P 500 fechou em baixa nesta quarta-feira, não conseguindo se recuperar depois da queda da véspera, com investidores deixando de lado o otimismo sobre a recuperação econômica expresso pelo chair do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, e pela secretária do Tesouro, Janet Yellen.

Dow Jones teve variação negativa de 0,01%, aos 32.418,15 pontos, o S&P 500 perdeu 0,55%, aos 3.889,15 pontos, e o Nasdaq recuou 2,01%, aos 12.961,89 pontos.

O mercado acionário europeu fechou praticamente estável nesta quarta-feira, com as preocupações sobre novas medidas de lockdown ofuscando um retorno inesperado da zona do euro ao crescimento econômico em março.

• Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,20%, a 6.712 pontos.
• Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,35%, a 14.610 pontos.
• Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,03%, a 5.947 pontos.
• Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,39%, a 24.208 pontos.
• Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,64%, a 8.443 pontos.
• Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,68%, a 4.844 pontos.

As ações chinesas caíram nesta quarta para seu menor patamar de fechamento em três meses, com o apetite por risco piorando diante das preocupações sobre um possível aperto da política monetária e aumento das tensões entre a China e as principais economias ocidentais.

• Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 2,04%, a 28.405 pontos.
• Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 2,03%, a 27.918 pontos.
• Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,30%, a 3.367 pontos.
• O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,61%, a 4.928 pontos.
• Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,28%, a 2.996 pontos.
• Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,90%, a 16.032 pontos.
• Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,05%, a 3.133 pontos.
• Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,50%, a 6.778 pontos.

* Com Reuters e Estadão Conteúdo.