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Oi faz acordo com parte dos credores e deve obter empréstimo de US$ 275 mi

A empresa também conseguiu entendimento com donos de dívidas da empresa criadas em contratos com agências de crédito à exportação.

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O grupo Oi (OIBR3OIBR4), em recuperação judicial pela segunda vez em cerca de seis anos, informou na noite de quinta-feira, 2, que obteve acordos com parte de seus credores envolvendo dívidas da empresa, em uma proposta que envolve um empréstimo de US$ 275 milhões para cumprir obrigações de curto prazo.

Segundo fato relevante da companhia, o acordo foi acertado com a maioria dos detentores do título de dívida “10%/12% Senior PIK Toggle Notes” com vencimento em 2025, emitido pela Oi em julho de 2018.

A empresa também conseguiu entendimento com donos de dívidas da empresa criadas em contratos com agências de crédito à exportação, que inclui um financiamento de longo prazo a ser concedido para suportar as suas operações em andamento.

“A companhia acredita que a proposta de reestruturação irá melhorar de forma abrangente o seu balanço patrimonial e proporcionar valor a longo prazo”, afirmou a Oi, que na quarta-feira anunciou novo pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro, poucos meses depois de ter saído de processo semelhante que levou seis anos para ser concluído.

Além de apoio de parte dos credores, a Oi afirmou que recebeu uma proposta da operadora de rede de fibra ótica V.tal, controlada pelo BTG Pactual, para apoio ao plano de recuperação.

A proposta entregue pela V.tal envolve um desconto à Oi de 50% “em todas as obrigações futuras de 2025 a 2028”, afirmou a empresa. Dentre as condições, o pagamento de 44% da dívida remanescente após o desconto “deverá ser efetuado por meio de dação em pagamento, mediante um acordo para o recebimento de um valor mínimo de infraestrutura de cabos de rede desativada, juntamente com a assunção da responsabilidade por todos os custos de extração e monetização da infraestrutura que a empresa venderia como sucata”.

“Esta proposta será analisada pela companhia, pois potencialmente indica uma redução muito significativa dos passivos não-financeiros futuros da Oi, sendo alinhada com os objetivos do plano de reestruturação”, afirmou o grupo em recuperação judicial desde 2016.

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