Finanças
Puxadas por debêntures, captações caem 35,4% no 1º semestre, diz Anbima
Mercado de capitais brasileiro levantou R$ 153,4 bilhões com produtos de renda fixa, variável e híbridos.
No primeiro semestre de 2023, o mercado de capitais brasileiro levantou R$ 153,4 bilhões com produtos de renda fixa, variável e híbridos. O montante é 35,4% menor que o registrado em igual período de 2022. O mês de junho teve o maior volume mensal captado no semestre (R$ 46,2 bilhões), segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais).
A categoria de Fiagros foi o destaque positivo dos primeiros seis meses do ano, com aumento de 50,04% na captação ante mesmo período de 2022. As demais modalidades foram na contramão e apresentaram recuo no período: fundos imobiliários (-16,1%); Certificados de Recebíveis Imobiliários, os CRIs (-21,5%); notas comerciais (-24%); Certificados de Recebíveis do Agronegócio, os CRAs (-24,5%); ações (-28,4%); Fundos de Direito Creditório, ou Fidc (-39,3%) e debêntures (-41,5%).
Apesar de as debêntures terem registrado a maior variação negativa, elas foram as responsáveis pelo maior volume total captado no semestre: R$ 78,1 bilhões.
Emissões e zero IPO
Emissões em renda fixa e instrumentos híbridos registraram a soma de R$ 139,9 bilhões de janeiro a junho de 2023, montante 34,7% menor que igual período do ano anterior. Já no campo da renda variável, o montante levantado foi 27% menor. Foram realizados 8 follow-ons (ofertas de ações de empresas já listadas) em 2023 e nenhum IPO, o que se traduz em R$ 13,5 bilhões, ante R$ 18,5 bilhões levantados nos primeiros seis meses do ano passado.
Já as emissões no mercado internacional bateram os US$ 5,8 bilhões, montante 16% superior a igual período do ano passado.
Perspectiva positiva adiante
Apesar do cenário mais adverso no primeiro semestre, o vice-presidente da Anbima, José Eduardo Laloni, afirmou em coletiva de imprensa que a melhora do cenário econômico tem contribuído para a retomada de operações no mercado de capitais, e que a perspectiva de queda de juros que tem influenciado as curvas futuras, é um importante sinalizador.
“As expectativas são favoráveis para formar uma curva de juros em queda, fazendo assim o mercado primário começar a ganhar tração”.
José Eduardo Laloni, vice-presidente da anbima.
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