Finanças
Qual o futuro do ethereum com nova versão da blockchain?
Veja no Criptonews como foram as primeiras horas da fusão, o que muda para os investidores do ethereum e o que pode acontecer de agora em diante com o ETH.
Na madrugada de quinta-feira (15), às 3h42, aconteceu a mais aguardada fusão da rede ethereum, – cuja cripto é a ether (ETH) –, também chamada de ‘The Merge’. Ao menos 40 mil pessoas da comunidade cripto acompanharam a atualização através de uma transmissão oficial.
Após a camada de execução da rede ter se unido a camada de consenso beacon chain, muitos que acompanhavam comemoraram. O que significa que novos blocos foram adicionados através do proof-of-stake (POS), e não mais via proof-of-work (POW).
Mas após aparecer a imagem de um panda na tela e a legenda “pos actived”, os minutos seguintes foram de tensão, já que a dúvida era se transição de consenso teria dado certo ou não. No entanto, o primeiro bloco após a fusão foi finalizado com sucesso. A rede ficou estável e dos 100 primeiros blocos, apenas um foi perdido.
O cofundador da rede, Vitalick Buterin, comemorou através da sua conta oficial no Twitter. “Finalizamos! Feliz Merge para todos. este é um grande momento para o ecossistema ethereum. Todos que ajudaram a fazer a fusão acontecer devem se sentir muito orgulhosos hoje.”, disse.
O objetivo da atualização é tornar a rede ethereum mais escalável e ambientalmente sustentável, uma vez que a prova de trabalho (POW) exige alto consumo de energia elétrica.
Agora, apesar das comemorações, a comunidade cripto deve ficar atenta para ver como a blockchain vai reagir. Isso porque a atenção deve estar direcionada na taxa de participação da rede, ou seja, o número de validadores ativos após a atualização, com seus softwares atualizados sendo capazes de validar blocos. Esse número não pode ser muito baixo. O ideal é que, após a fusão, a taxa de participação fique acima dos 66%. Perto da atualização, a taxa estava acima de 99%.
Já outro ponto de atenção para os usuários são as novas versões do ethereum que vão surgir no mercado. Isso porque mineradores chineses, insatisfeitos com o fim da mineração e seus respectivos lucros, prometem um hard fork para manter viva uma versão proof-of-work do ethereum após a fusão trazer o sistema proof-of-stake para a rede oficial.
Esse fork, chamado de Ethereum Pow, está marcado para acontecer nas 24 horas posteriores à atualização. Agora especula-se que todos que têm ethereum armazenado na carteira vão receber a quantia equivalente em Ethereum Pow.
Segundo o analista Tasso Lago, este token não tem uma função nem futuro claro, uma vez que o caminho do ethereum é claramente para proof-of-stake. “O que se tem como consenso é que esse token vai ter pouca ou nenhuma utilidade. Porém, o indicado é que quem receber o token via airdrop, venda assim que receber”.
Segundo o analista, a questão é deixar o token em uma corretora que consiga dar o devido suporte ao cliente. A Bybite, até então, é a única que fará isso.
Queda no ETH
Em 24 horas, o ether, criptomoeda da rede ethereum, caia a 3,03%. A cotação bateu os US$ 1.448,69, às 12:47, no horário de Brasília.
Segundo Lago, essa queda após a fusão se deve pela euforia já apaziguada. “Por hora, isso não é preocupante, já que a fusão – que era de difícil execução – teve sucesso; entendo que essa queda é um ruído de curto prazo e o ethereum deve performar bem no longo prazo”.
O analista também aponta que o The Merge é equivalente a um halving do bitcoin, mas três vezes mais potente, o que vai gerar maior escassez para o ethereum. “E se o ETH bateu US$ 4.400 sem a atualização, com esse feito, ele pode bater três vezes mais”, disse.
Veja no Criptonews como foram as primeiras horas da atualização, o que muda para os investidores do ethereum e o que pode acontecer de agora em diante.
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