Finanças
Raízen escolhe BTG, Bank of America, Citi e Credit Suisse para liderar IPO
Segundo fontes, oferta da Raízen deve levantar até R$ 13 bilhões; companhia e bancos ainda não comentaram o assunto
A Raízen, joint venture entre a Cosan e a Royal Dutch Shell, escolheu os bancos de investimento do BTG Pactual, bofA, Citi e Credit Suisse como coordenadores de sua oferta pública inicial de ações (IPO), disseram três pessoas com conhecimento do assunto nesta segunda-feira (29).
O IPO da Raízen deve ser um dos maiores do ano e levantar até R$ 13 bilhões, segundo as fontes, que pediram anonimato para revelar discussões privadas.
A Raízen, que já é a maior produtora mundial de açúcar, também controla uma das maiores redes de postos de gasolina do país e é a quarta maior empresa do Brasil por receita líquida, que chegou a R$ 120,5 bilhões em 2019. Fica atrás apenas de Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e JBS (JBSS3).
Procurados pela Reuters, a Raízen e os bancos não comentaram o assunto.
A Raízen pretende fazer a listagem apenas no Brasil, segundo uma das fontes, e espera fazer a transação entre junho e julho, usando números do balanço do primeiro trimestre.
Os quatro bancos de investimento escolhidos pela companhia serão os principais bancos, mas o sindicato deve ter também outras instituições ajudando na distribuição. Os outros bancos devem ser definidos nesta semana.
Uma das fontes disse que a Raízen pode atingir um valor de mercado de até R$ 100 bilhões. A joint venture comprou recentemente a Biosev SA, unidade de açúcar e álcool do grupo Louis Dreyfus, num negócio que será pago em dinheiro e ações.
Como parte do negócio, os acionistas da Biosev receberão 3,5% das ações preferenciais da Raizen, mais 1,49% de ações resgatáveis.
A Raízen é uma das interessadas na compra de refinarias que a estatal Petrobras colocou à venda. A empresa entregou oferta pela refinaria Repar, do Estado do Paraná. Mas o processo foi cancelado e a Petrobras pretende relançá-lo em breve.