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Spotify testa recurso para pessoas ouvirem playlists exclusivas usando NFTs

O serviço está disponível apenas para alguns países e certas comunidades. Porém, tudo indica que ele deve se expandir.

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*ARTIGO

O Spotify (S1PO34), o maior streaming de música do mundo, começou a testar a integração com carteiras virtuais (wallets) para que usuários possam ouvir “listas de reprodução habilitadas para token”, recurso referente às playlists acessadas por detentores de NFTs (tokens não-fungíveis).

Atualmente, o serviço está disponível para detentores de NFTs das comunidades “Fluf”, “Moonbirds”, “Kingship” e “Overlord”, os locais parceiros do projeto. Contudo, essa não é a primeira vez que a plataforma global de música, com mais de 489 milhões de usuários, lança mão da tecnologia.

Em maio de 2022, por exemplo, alguns artistas selecionados pela big tech, incluindo Steve Aoki e The Wombats, foram autorizados a promover os tokens não fungíveis em seus perfis.

Sendo assim, tais decisões tomadas pelo Spotify não só reforçam sua posição no setor de streaming, mas mostram também sua capacidade inovadora e abertura de novas portas para negócios relacionados ao universo blockchain e das criptomoedas, em que as possibilidades são infinitas, tanto para empresas quanto para usuários.

Por dentro dos detalhes da novidade

Como o projeto ainda está em fase de testes e progresso, a Overlord informou pelo Twitter que o programa está disponível apenas para usuários de Android nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Austrália e Nova Zelândia.

Overlord anunciou que seus NFTs darão acesso a uma playlist exclusiva no Spotify e a big tech confirmou a novidade indiretamente pela resposta dada. (Imagem: Reprodução / Twitter oficial da @Overlord_xyz)

Já a Kingship, banda NFT do Universal Music Group, também escreveu no Twitter sobre a parceria, anunciando que também criou uma playlist VIP chamada “Kingship Key Card (NFT)” para proprietários dos tokens com Queen, Missy Elliott, Snoop Dogg e Led Zeppelin.

Divulgação da parceria com o Spotify e criação da playlist “Kingship Key Card (NFT) pela banda NFT do Universal Music Group. (Imagem: Reprodução/Twitter @therealkingship)

Quanto às listas de reprodução selecionadas, elas serão atualizadas ativamente durante o período de teste de três meses e só podem ser acessadas por membros por meio de um link exclusivo.

O Spotify não se pronunciou oficialmente — a não ser pelas respostas no Twitter nas postagens feitas pelas comunidades parceiras. Contudo, algumas capturas de tela mostradas em tais divulgações mostram que os detentores dos NFTs desses ecossistemas podem conectar as wallets Metamask, Trust Wallet, Rainbow, Ledger Live ou Zerion à plataforma.

  • Confira: Quem é Martin Lorentzon? Conheça a história do co-fundador do Spotify

Token-gating é um dos setores de cripto em forte crescimento

O modelo de “token-gating” é o nome da prática adotada pelo Spotify, que tem como objetivo criar valor entre membros de uma comunidade, permitindo que projetos vinculados recompensem os detentores dos seus NFTs com conteúdos exclusivos, eventos e outros benefícios disponíveis VIPs.

Muitas empresas começaram a olhar para Web3 e para o uso de NFTs como uma maneira de ter uma conexão mais autêntica e profunda com suas comunidades. É um setor que só tende a crescer em 2023.

Nesse formato, a escuta e a cocriação de produtos por marcas em conjunto com sua base de consumidores permite uma troca mais justa entre ambos, com novas oportunidades de benefícios e experiências.

Apesar de parecer, essa não é só uma moda passageira. Esse é um hábito de consumo enraizado nas gerações mais novas e que, portanto, claramente as plataformas sociais vão abraçar.

Gostando ou não da tecnologia, o token-gating é um recurso de segurança, lucratividade e poder de marketing embutido que o tornam útil para empresas de todos os tipos.

Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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