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Após cancelar IPO, Patrimar diz esperar momento mais interessante para a empresa

A construtora desistiu da abertura de capital diante das turbulências do mercado financeiro em 2020.

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O Grupo Patrimar, que atua há mais de 50 anos na área de incorporação, construção e comercialização de empreendimentos residenciais e comerciais, decidiu cancelar seu pedido de IPO na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), diante das turbulências do mercado financeiro.

A companhia faz parte de uma lista de empresas que adiaram seus planos de abertura de capital na B3 em 2020, ano que, apesar das incertezas econômicas e volatilidade da bolsa, foi marcado como o segundo maior em número de IPOs na bolsa de valores brasileira.

Alex Veiga, CEO do grupo mineiro que trabalha com os segmentos de alta, média e baixa renda com unidades em Minas Gerais, São Paulo Rio de Janeiro, afirmou que a empresa está pronta, mas quer fazer a abertura de capital em um momento mais interessante para a companhia. “Estamos atentos e, na primeira janela de oportunidade, a Patrimar fará seu IPO. A empresa está pronta e as perspectivas para 2021 são muito boas”, disse o executivo.

Favorecido pelo setor imobiliário aquecido no ano passado, com um cenário de juros baixos, o grupo registrou volume recorde histórico de vendas no terceiro trimestre de 2020, somando R$ 243 milhões, 260% superior ao trimestre anterior. Cenário positivo que Veiga também estima para o setor neste ano. “A minha previsão é de um crescimento muito forte em 2021. Primeiro, porque um dos problemas que já estamos vivendo, e que será grande neste ano, é o desemprego. E a construção tem essa capacidade de absorção imediata de mão de obra. E, evidentemente, a taxa de juros. Mesmo que ela aumente um pouquinho, é extremamente atrativa para quem acessa financiamento”, disse o CEO.

Ao InvestNews Entrevista, entre outros assuntos, Veiga falou ainda sobre o avanço da digitalização nos processos do grupo, em função da chegada da pandemia do novo coronavírus, que trouxe a necessidade do distanciamento social. “No segmento da baixa renda, foi impressionante o volume de vendas sendo feito de forma digital, os contratos sendo feito da mesma forma, e a comunicação  mais ainda. Já na alta renda, é um pouco diferente. A comunicação, a gente atingiu de forma intensa, agora para sentar e fazer negócio é ainda o olho no olho. As pessoas querem conhecer o dono, o produto, quer sentar e discutir”, explicou.

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