Negócios

Corretora digital de seguros 180º recebe aporte de R$ 177 milhões

Segundo Mauro Levi D’Ancona, fundador e presidente da 180°, com os recursos do aporte, a insurtech deve ampliar sua equipe, dos atuais 50 para 110 funcionários, nos próximos meses.

Publicado

em

Tempo médio de leitura: 3 min

A corretora digital de seguros 180° anunciou nesta quarta-feira (02) que recebeu um investimento de R$ 177 milhões liderado pelo fundo de capital de risco 8VC, que incluiu também Dragoneer, monashees, Atlantico, Quartz e Norte.

Fundada em 2020 por quatro ex-executivos de bancos, a 180° -o nome da empresa é Cento e Oitenta – faz a intermediação de apólices sob medida para empresas de diversos setores oferecerem a clientes finais, em geral “embarcadas” dentro de produtos e serviços.

Entre eles estão um seguro residencial de um ano para imóveis vendidos pela Loft, e uma cobertura intermitente para pertences de veículos estacionados em zona azul, no Paraná.

Segundo Mauro Levi D’Ancona, fundador e presidente da 180°, com os recursos do aporte, a insurtech deve ampliar sua equipe, dos atuais 50 para 110 funcionários, nos próximos meses.

Em outra frente, a corretora já está discutindo com potenciais fintechs parceiras a formação de joint ventures, justamente para ampliar a venda de apólices sob medida, como seguros de vida incluindo serviços de telemedicina. A meta da 180º é chegar ao fim deste ano com 1 milhão de itens vendidos.

“O mundo mudou e a corretagem de seguros precisa se reinventar para conseguir aproveitar o potencial de crescimento do setor no Brasil, que pode ser o dobro do atual”, disse D’Ancona, ex-executivo do Nubank.

O anúncio ilustra como o fluxo global de capital de risco para negócios brasileiros baseados em tecnologia segue firme no começo de 2022, com investidores enxergando oportunidades em segmentos hoje concentrados em grandes grupos.

Após bilhões de dólares terem fluído para bancos digitais e negócios de comércio eletrônico no Brasil e na América Latina em meio ao isolamento social devido à pandemia de Covid-19, nos últimos meses esses recursos têm se espalhado para uma míriade de setores, incluindo recursos humanos, contabilidade e seguros.

No ano passado, a startup de seguros Pier, ainda sob um modelo de regulação simplificada da reguladora Susep, recebeu um aporte de 20 milhões de dólares. Em dezembro, a plataforma digital de planos de saúde para pequenas empresas Sami recebeu R$ 110 milhões.

No caso de seguros, a 180º avança tendo como um dos alvos o seguro de vida, mercado que disparou no Brasil durante a pandemia. Segundo dados da Susep compilados pela Fenaprevi, o segmento de vida liderou o mercado em 2021 até novembro, com alta de 29,4% em 2021 sobre o ano anterior.

Veja também

Mais Vistos