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Mulheres guardaram 47% menos dinheiro que homens em 2021, diz estudo do Nubank

Data Nubank lança estudo sobre microempreendedorismo feminino nos dois últimos anos e revela desigualdades de gênero sobre o tema.

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O Data Nubank lançou um estudo nesta terça-feira (30) em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), sobre como o empreendedorismo feminino de micro e pequenos negócios reagiu à crise provocada pela pandemia da covid-19.

O estudo apontou que a receita média de negócios liderados por homens cresceu consideravelmente entre 2020 e 2021 em relação aos negócios de mulheres. No ano do início da pandemia, os Microempreendedores Individuais (MEIs) liderados por homens apresentaram uma receita média 10,8% superior à dos negócios tocados por mulheres. Nos sete primeiros meses de 2021, essa diferença aumentou para 23%.

Os dados do Nubank também mostraram que as mulheres empreendedoras conseguiram guardar muito menos dinheiro do que os homens em 2021 – 47% menos. A hipótese, segundo o estudo, é de que quem fatura menos guarda menos.

Queda de empreendedorismo feminino

Outra informação importante revelada pelo estudo foi de que o impacto da pandemia sobre o fechamento de empresas de mulheres foi proporcionalmente maior, principalmente para negócios mais antigos.

A pesquisa, que se baseou em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), utilizados nos estudos do SEBRAE, mostrou que no pior período da crise, que foi o segundo trimestre de 2020, o número de mulheres empreendedoras em atividade, formais e informais, caiu 15%, enquanto entre os homens a queda foi de 10%. Isto quer dizer que em termos percentuais, elas apresentaram uma queda 50% maior do que a deles.

Por outro lado, negócios administrados por mulheres intensificaram vendas online

Na outra ponta, o estudo também revelou que 72% dos empreendimentos chefiados por mulheres passaram a comercializar produtos e serviços online, em comparação com 64% dos dirigidos por homens. Além de que 17% delas concentram a maior parte das vendas no digital, contra 14% deles.

Segundo o Data Nubank, a principal hipótese da alta comercialização online por mulheres é de que seja uma resposta à tripla jornada de trabalho e à flexibilidade de horários por meio dessa modalidade de vendas.

Empreendedoras aplicam em investimentos mais conservadores

Devido à crise de covid-19, segundo dados do NuInvest, MEIs mulheres e homens ficaram mais conservadores em relação aos investimentos.

Em 2019, 20,1% das empreendedoras eram consideradas conservadoras ao investir. Já entre os homens, apenas 10,2% apresentaram esse perfil.

De lá para cá, houve um salto de 1,4% no número de mulheres que escolheram aplicar seus recursos em investimentos mais conservadores, como tesouro direto e renda fixa. E, entre os homens, o aumento foi de 4,9%.

A pesquisa também apontou que, no quesito experiência com investimentos, cerca de 21% das mulheres têm conhecimento no assunto, em comparação com 37,9% deles.

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