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O empresário que trocou as chuteiras por ‘fábrica’ de chocolates

Conheça a trajetória do ex-Microempreendedor Individual, que hoje emprega 13 pessoas e distribui seus produtos para 350 pontos de venda.

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O brasiliense Alexandre Ferreira começou a empreender aos 19 anos, em 2009, quando ainda jogava futebol – passou por times como Gama, Goiás e Paraná. Orientado pela mãe de um amigo, começou a produzir bombons caseiros, que vendia para familiares e em alguns restaurantes, universidades e padarias. O que teve início como alternativa para custear as despesas do jovem, que queria ser jogador mas sofria com os salários atrasados nos clubes, se tornou um negócio promissor.  

Erivelton Viana/Agência Sebrae

Antes de decidir empreender, Alexandre treinava durante o dia e fazia os bombons à noite. Aos poucos, a Aguimar Ferreira Chocolateria cresceu e hoje produz de mais de 7 toneladas por ano, em uma linha diversificada, que inclui bombons finos para casamentos e outros eventos, itens personalizados e chocolates funcionais, com opções veganas e zero açúcar. De olho no futuro, ele, sua família e os 13 colaboradores (distribuídos em duas unidades produtivas e uma loja) trabalham para ampliar a produção e investir no mercado externo. 

Erivelton Viana/Agência Sebrae

“Quando a demanda pelos bombons aumentou, percebi que era preciso organizar o negócio. Foi aí que eu me formalizei como microempreendedor individual (MEI), fui um dos primeiros do Distrito Federal. Depois disso, passei a ter acesso a fornecedores que só vendiam para CNPJ, comecei a comprar matéria-prima mais barata e também a vender para empresas. Sempre contei com a capacitação, orientação e o apoio oferecidos pelo Sebrae, em diversos momentos decisivos para o meu negócio, como por exemplo, na participação em eventos nacionais e internacionais”, afirma ele, que tem na empresa a parceria da esposa, Angélica Ferreira, e de toda a família.

‘Bombom tecnológico’

De olho nas tendências do mercado, o empresário cria estratégias para inovar e se destacar. Como o `bombom tecnológico`, personalizado, que traz a impressão de um QR code em manteiga de cacau e é muito procurado para eventos promocionais. E também o chamado `chocoback`, um programa de fidelização dos clientes. Em ocasiões com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas Rio 2016, a empresa criou produtos temáticos que fizeram sucesso e foram notícia até em jornais internacionais. 

Erivelton Viana/Agência Sebrae

“Eu aprendi que a gente não pode ficar parado, esperando pelas oportunidades. Além de buscar inovar sempre, não podemos desistir diante dos obstáculos. Por exemplo, o dono de uma grande rede de supermercados do Rio incentivou a gente a explorar o mercado carioca, mas ainda não cadastrou nossa empresa. Nem por isso, perdemos tempo. Aproveitamos a conexão com ele pra conhecer outros potenciais clientes e hoje temos vários pontos de venda na cidade”, conta Alexandre.

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