Negócios
Oi reverte lucro e registra prejuízo de R$ 1,3 bi no 1º tri de 2023
Receita da companhia também caiu no período.
A empresa de telefonia Oi (OIBR3), que enfrenta um novo processo de recuperação de judicial, reverteu o lucro de R$ 1,623 bilhão registrado no primeiro trimestre do ano passado ao reportar prejuízo líquido de R$ 1,267 bilhão no mesmo intervalo de 2023, informou a empresa na noite desta quarta-feira (14).
A companhia informou uma receita líquida de R$ 2,536 bilhões nos três primeiros meses do ano, queda de 42,6% ante o mesmo intervalo do ano passado.
Segundo relatório de resultados, o recuo foi uma consequência da conclusão das vendas das operações descontinuadas, que incluía o segmento de mobilidade e a UPI InfraCo, previstas no Plano Estratégico de Transformação da companhia.
Já a receita da Nova Oi, após a venda do controle da unidade de infraestrutura, apresentou crescimento de 4,8%, para R$ 2,227 bilhões, impulsionada, pela performance dos serviços da Oi Fibra (que cresceu 20,8% no comparativo anual) e da Oi Soluções (avanço de 12,9%).
O fluxo de caixa operacional ficou negativo em R$ 26 milhões, uma melhora perante os R$ 436 milhões negativos do mesmo intervalo do ano passado.
“Com o amadurecimento do modelo da fibra, combinado às ações de eficiência de custos, é esperada uma melhora gradual e progressiva no perfil de geração do fluxo de caixa operacional”, informou a empresa.
A dívida líquida da companhia caiu 33,4%, para R$ 20,9 bilhões.
Já o caixa consolidado somou R$1,8 bilhão, uma redução de 44% em relação ao trimestre anterior.
O Ebitda (lucro ante juros, impostos e amortizações) da companhia recuou 80,2%, para R$ 216 milhões.
Nova recuperação judicial
No fim de maio, o conselho da Oi aprovou o novo plano de recuperação judicial da companhia e das suas subsidiárias Portugal Telecom International Finance B.V. e Oi Brasil Holdings Coöperatief U.A.
A 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro aceitou o segundo pedido de recuperação de judicial da Oi meses depois da empresa ter anunciado em dezembro que havia saído do processo anterior que levou seis anos para ser concluído.
O novo plano prevê equalização de seu passivo financeiro e reestruturação de créditos concursais; previsão da captação de uma dívida extraconcursal de ao menos R$ 4 bilhões; prospecção e adoção de medidas a serem negociadas nos instrumentos de dívida e potencial alienação e oneração de bens do ativo permanente.
*Em atualização
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