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Varejão chinês: Temu e ‘live commerce’ do TikTok têm pressa para chegar ao Brasil

Chinesas se veem ameaçadas nos EUA, após aprovação da lei que prevê banir o TikTok. E miram o mercado brasileiro

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Com um futuro incerto nos EUA, a Temu, gigante chinesa do e-commerce, e o TikTok Shop, marketplace da rede social, estão de olho no nosso mercado.

Depois que os Estados Unidos aprovaram uma lei para banir o TikTok, caso a ByteDance (dona do aplicativo) não aceite vendê-lo até 2025, as plataformas chinesas passaram a temer sobre a permanência de seus negócios no país. Nesse cenário, ambas buscam entrar no Brasil o mais rápido possível.

Segundo o Valor Econômico, a Temu já encaminhou para a Receita Federal brasileira o pedido de certificação no Remessa Conforme. O programa entrou em vigor em agosto do ano passado e concede isenção da alíquota de imposto de importação para compras de até US$ 50. O objetivo é facilitar os processos aduaneiros do comércio eletrônico.

Já o TikTok quer trazer ao Brasil o TikTok Shop – plataforma de “live commerce” para promover vendas ao vivo de produtos dentro da rede social. No início do mês, o InvestNews apurou que representantes chineses da empresa têm visitado o país em busca de parceiros para colocar a operação em funcionamento. O país pode ser o primeiro da América Latina a receber a novidade.  

LEIA MAIS: TikTok corre risco nos EUA, mas prepara novidades para o e-commerce no Brasil

O fato é que Temu e TikTok estão correndo contra o tempo, porque suas receitas têm forte dependência do mercado americano.

Segundo a Reuters, os Estados Unidos foram responsáveis ​​por cerca de 25% das receitas globais do TikTok em 2023. Faturamento que, por sinal, tem aumentado ano a ano: de US$ 80 bilhões em 2022, para quase US$ 120 bilhões no ano passado.

A modalidade de live commerce do TikTok, lançada nos EUA em setembro de 2023, também tem conquistado um mercado relevante por lá. A empresa informou que o número de vendedores que ofereciam seus produtos pela plataforma chegou a 500 mil em dezembro do ano passado, o dobro do registrado três meses antes.

A Temu já tem mudado suas prioridades comerciais para além dos Estados Unidos. O The Wall Street Journal aponta o seguinte: a empresa espera que menos de um terço de suas vendas venham dos EUA em 2024, contra 60% no ano passado.

Se essa dependência diminuir, será uma mudança significativa para a plataforma – em menos de dois anos, ela tinha se tornado o segundo aplicativo de compras mais popular dos EUA, depois da Amazon, em número de usuários mensais.

E agora a Temu está cautelosa. Em vez de construir novos centros de distribuição nos Estados Unidos, ela procura locais no México – perto dos consumidores dos EUA, mas longe das garras do governo americano.

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