Negócios
Votorantim avalia IPO de unidade na América do Norte, dizem fontes
A Votorantim possui um amplo portfólio com operações em 22 países que abrange desde bancos e siderurgia até imóveis e suco de laranja
A Votorantim avalia uma oferta pública inicial de seu negócio de cimento na América do Norte, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
A empresa está no estágio inicial de preparação para uma potencial listagem da unidade em Nova York, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as deliberações são privadas. A oferta poderia acontecer já no ano que vem a depender das condições de mercado, afirmaram as fontes.
A decisão de abrir o capital do negócio nos EUA seguiria transações semelhantes planejadas por outras empresas de materiais de construção que buscam se beneficiar de avaliações mais elevadas e mercados mais líquidos. A gigante suíça de cimento Holcim disse em janeiro que estava planejando separar seu negócio na América do Norte e listá-lo nos EUA. A Titan Cement International, da Grécia, também planeja listar suas operações nos EUA.
A Votorantim já explorou cenários de IPO anteriormente. Em 2013, a Votorantim Cimentos cancelou planos de levantar até US$ 3,7 bilhões em listagens de toda a empresa no Brasil e nos EUA.
A companhia ainda está em tratativas e não há decisão final tomada sobre a realização de um IPO da unidade, disseram as pessoas. Um representante da Votorantim não quis comentar.
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A Votorantim, controlada pela família Ermírio de Moraes, possui um amplo portfólio com operações em 22 países que abrange setores que vão desde bancos e siderurgia até imóveis e suco de laranja. Possui participações importantes na produtora de alumínio Cia. Brasileira de Alumínio, na geradora de energia renovável Auren Energia e na mineradora de zinco Nexa Resources.
A estratégia da Votorantim se assemelha à da Cosan, conglomerado do bilionário brasileiro Rubens Ometto, que entrou com pedido de IPO de sua unidade de lubrificantes Moove. Em outubro, a Moove adiou o IPO, citando “condições adversas de mercado”.
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