O petróleo perdeu terreno pela quinta vez nos últimos seis dias nesta quarta-feira (16), com traders reagindo ao esperado progresso nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia e a um aumento surpreendente nos estoques dos EUA.
O mercado de petróleo está em uma montanha-russa há mais de duas semanas, e as duas principais referências oscilaram em seu maior intervalo de alta a baixa nos últimos 30 dias do que em qualquer momento desde meados de 2020.
Nesta quarta-feira não foi diferente, o petróleo Brent foi negociado em um intervalo de US$ 6, entre US$ 97,55 e US$ 103,70 antes de fechar a US$ 98,02, queda de US$ 1,89 o barril ou 1,9%. O petróleo dos EUA (WTI) fechou com recuo de US$ 1,40, ou 1,5%, a US$ 95,04 o barril.
O rali frenético da semana passada empurrou o Brent brevemente acima de US$ 139 o barril, diante de preocupações com a interrupção prolongada da oferta russa. O Brent está agora mais de 40 dólares abaixo desse ponto, e alguns analistas alertaram que isso reflete muito otimismo de que a guerra terminará em breve.
Vários fatores impulsionaram a reviravolta, incluindo alguma esperança de um acordo de paz Rússia-Ucrânia e sinais fracos de progresso entre os Estados Unidos e o Irã para ressuscitar um acordo de 2015 que permitiria à República Islâmica exportar petróleo se concordasse em limitar suas ambições de capacidade nuclear.
Os estoques de petróleo nos EUA subiram US$ 4,345 milhões de barris na última semana, segundo dados do governo, ante expectativa de queda de mais de 1 milhão de barris, o que ajudou a derrubar o mercado.