Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) informou que adicionará 432 mil barris de petróleo à produção a partir de maio. O cenário implica em uma maior oferta do produto no mundo, levando à queda nos preços.
Os futuros do Brent para maio que expiraram na quinta-feira, fecharam em queda de US$ 5,54, ou 4,8%, a US$ 107,91 o barril. Os futuros de junho caíram 5,6%, a US$ 105,16, depois de recuar US$ 7 no início da sessão. Os contratos futuros do petróleo dos Estados Unidos (WTI) de entrega para maio fecharam em queda de US$ 7,54, ou 7%, a US$ 100,28 o barril, após tocar a mínima de US$ 99,66, segundo informações da Reuters.
Em comentário, Ilan Arbetman, analista de Research da Ativa Investimentos, afirmou que o encontro da Opep nesta quinta-feira “se concentrou sobre a cena estrutural de produção e consumo, deixando os aspectos conjunturais realçados pelo aumento da beligerância entre Rússia e Ucrânia em segundo plano”.
Arbetman salientou ainda que, apesar dos esforços de Arábia Saudita e Emirados Árabes para a manutenção do nível de relações com a Rússia, a próxima reunião, que ocorrerá no próximo dia 5 de maio, poderá ser dotada de “maior nível de tensão” se o país demonstrar dificuldades no cumprimento de sua meta de produção da commodity.
As ações das companhias brasileiras de petróleo também cediam em meio à baixa do petróleo, com exceção da Petrobras. Veja abaixo o fechamento desta quinta:
Ação | Variação em % | Fechamento em R$ |
PRIO3 | -5,06 | 23,81 |
RRRP3 | -0,83 | 41,85 |
PETR3 | 0,37 | 35,24 |
PETR4 | 1,39 | 33,45 |
Alta no trimestre
Apesar da queda nesta quinta, os preços do petróleo terminaram o primeiro trimestre de 2022 em forte alta.
Tanto o Brent quanto o WTI registraram seus maiores ganhos percentuais trimestrais desde o segundo trimestre de 2020, com o Brent subindo 38% e o WTI ganhando 34%, impulsionados principalmente após a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro.