O minério de ferro de Dalian caiu nesta segunda-feira (29) após um rali de cinco sessões, enquanto os preços da matéria-prima siderúrgica em Cingapura recuaram de uma máxima de duas semanas, com o ressurgimento das preocupações sobre os cortes na produção de aço na maior produtora global, a China.
O contrato de minério de ferro mais negociado na bolsa de Dalian encerrou as negociações diurnas com queda de 1,4%, a 714 iuanes (103,19 dólares) a tonelada.
Na Bolsa de Cingapura, o contrato do primeiro mês do minério de ferro caía 3,5%, a 102,30 a tonelada, por volta das 8h (horário de Brasília).
Autoridades e usinas em Tangshan, a maior cidade produtora de aço da China, reuniram-se na sexta-feira (26) para discutir metas de redução de capacidade para o restante de 2022, segundo vários analistas.
Espera-se que a China continue reduzindo a produção anual de acordo com sua meta de descarbonização.
A produção de aço bruto do país de janeiro a julho caiu 6,4%, para 609,28 milhões de toneladas, em comparação com o volume do ano anterior, mostraram dados oficiais.
Somente em Tangshan, é necessária uma redução de 8,3 milhões de toneladas para atingir a meta da cidade, que, se implementada estritamente, veria sua produção média diária de agosto a dezembro cair 29.000 toneladas em comparação com julho, segundo analistas da Zhongzhou Futures.
Em circunstâncias normais, as restrições à produção de aço da China deveriam sustentar os preços do aço. Mas os futuros em Xangai caíram à medida que os lucros das empresas industriais da China pesaram em meio a novas restrições pela Covid-19 e a escassez de energia.
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