O minério de ferro na bolsa de Dalian recuou nesta terça-feira (11) frente a uma máxima de dois meses, enquanto outros insumos siderúrgicos também caíram, já que a China intensificou as restrições contra a Covid-19 para conter uma nova onda de surtos antes de um congresso crucial do Partido Comunista.
O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações com queda de 2,5%, a 721 iuanes (US$ 100,29) a tonelada, após cinco sessões consecutivas de ganhos.
O benchmark de minério de ferro para novembro na Bolsa de Cingapura caiu 2,6%, a US$ 94,45 a tonelada.
Esperava-se que os traders permanecessem no modo de esperar para ver, atentos às mudanças de política envolvendo as rigorosas restrições à Covid-19 da China diante do congresso que começa em 16 de outubro.
No mercado spot, o minério de ferro com teor de 62% com destino à China permaneceu praticamente estável este mês abaixo de 100 dólares a tonelada, segundo dados da consultoria SteelHome, após uma queda de 21% no terceiro trimestre.
“Se a crise imobiliária e as decisões sobre as medidas da Covid não puderem ser resolvidas, pelo menos parcialmente, a China poderá enfrentar um ano difícil pela frente, especialmente na manufatura”, com a demanda externa também possivelmente mais fraca em 2023, disse a economista-chefe do ING Greater China, Iris Pang.
As empresas de carvão em Shanxi, a principal província produtora de carvão da China, planejam suspender a produção antes do congresso do Partido Comunista, disseram comerciantes.
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