Um evento virtual com a autoridade do Federal Reserve Christopher Waller foi cancelado na quinta-feira (2) depois que a chamada de vídeo do Zoom foi invadida por um participante que exibiu imagens pornográficas.

“Fomos vítimas de uma uma invasão no Zoom e estamos tentando entender o que precisamos fazer para evitar que isso aconteça novamente. É um incidente que lamentamos profundamente”, disse Brent Tjarks, diretor executivo do Mid-Size Bank Coalition of America (MBCA), que sediou o evento por meio de um link do Zoom.

Ele disse que suspeita que um dos interruptores de segurança que silencia quem assiste a um evento foi configurado incorretamente, mas não tem certeza dos detalhes. A decisão de cancelamento foi tomada em consulta com o Fed após a invasão.

Alguns minutos antes do início do evento, um participante usando o nome de tela “Dan” começou a exibir imagens pornográficas, de acordo com um repórter da Reuters na chamada.

Os microfones e as câmeras não foram silenciadas pelo organizador ao entrar no evento.

Mais de 220 participantes estavam na chamada antes de ser encerrada.

“Ficamos profundamente chateados ao saber desses tipos de incidentes, e o Zoom condena veementemente esse comportamento”, disse Matt Nagel, porta-voz do Zoom, em comunicado. “Levamos as interrupções das reuniões extremamente a sério e, quando apropriado, trabalhamos em estreita colaboração com as autoridades policiais”.

Em março de 2020, o escritório de Boston do FBI emitiu um aviso sobre o Zoom, dizendo aos usuários para não tornar públicas as reuniões no site ou compartilhar links amplamente depois de receber dois relatos de indivíduos não identificados invadindo sessões escolares.

O Fed disse que o evento, que contaria com um discurso de Waller e uma sessão de perguntas e respostas, foi cancelado devido a “dificuldades técnicas”.

O prédio do Federal Reserve, na Constitution Avenue, em Washington, EUA, 27 de março de 2019. REUTERS/Brendan McDermid
O prédio do Federal Reserve, na Constitution Avenue, em Washington, EUA, 27 de março de 2019. REUTERS/Brendan McDermid