Na volta do feriado do Dia de Tiradentes no Brasil, os investidores pouco alteraram suas posições no mercado de juros, em meio à ausência de guias locais mais fortes para os negócios.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve de Dallas divulgou seu índice de manufatura, que atingiu 0,9 em abril, ante 2,5 em março. Como a queda foi inesperada, o indicador acabou dando suporte à visão de que não haveria tanto espaço para o Fed manter a taxa de juros em patamares elevados por tanto tempo.
O índice de atividade nacional do Fed de Chicago corroborou esta leitura, ao ceder 0,19 em março, a mesma queda registrada em fevereiro e ligeiramente acima das expectativas do mercado de uma queda de 0,20.
Em reação, os rendimentos dos Treasuries se sustentavam em baixa, o que influenciava os negócios também no Brasil.
“As taxas dos Treasuries estão recuando, ampliaram a queda depois do indicador do Fed de Dallas”, comentou Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho. “É o cenário lá de fora que está jogando um pouco para as taxas baixarem no Brasil.”
No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2024 estava em 13,205%, ante 13,229% do ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 11,885%, ante 11,971%. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2026 estava em 11,7%, ante 11,788% do ajuste anterior e a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,86%, ante 11,943%.
Perto do fechamento, a curva a termo precificava 6% de chances de o Banco Central reduzir a Selic em 0,25 ponto porcentual no encontro de política monetária de maio e 94% de probabilidade de ele manter a taxa em 13,75% ao ano.
Pela manhã, o Banco Central divulgou o relatório Focus, com as projeções do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. A inflação projetada para 2024 (4,18%), 2025 (4%) e 2026 (4%) seguiram nos mesmos patamares da semana anterior. Os dados não fizeram preço na curva de juros.
No fim da tarde, os rendimentos dos Treasuries se mantinham em queda.