Maiores bancos dos EUA têm lucro maior, mas mostram cautela adiante
Os principais bancos dos Estados Unidos publicaram resultados de terceiro trimestre nesta sexta-feira, apoiados em juros elevados que elevaram a receita com empréstimos, mas alertaram que a economia do país está desacelerando.
O lucro do JPMorgan aumentou 35% em relação ao terceiro trimestre de 2022, o Wells Fargo teve alta de 60%. Já o Citigroup apurou um ganho mais modesto, de 2%, em relação ao ano anterior.
Os bancos se beneficiaram das taxas de juros mais altas, que aumentaram a receita líquida de juros (NII), ou seja, a diferença entre o que eles ganham com empréstimos e o que pagam pelos depósitos dos clientes.
Fundos reiteram apostas em construtoras apesar de rali esfriar
As ações de empresas de construção viviam um forte rali depois de alguns anos negativos, sob o impulso das expectativas de que o Banco Central começaria a cortar os juros e estimular a economia.
Mas, quando o Copom deu início a um dos primeiros ciclos de flexibilização monetária do planeta, em agosto, essa mesma recuperação dos papéis passou a minguar.
No mesmo período, as preocupações dos investidores sobre a situação fiscal do país voltaram à mesa. E, na sequência, a venda generalizada de títulos do Tesouro dos Estados Unidos, que fez disparar os yields, elevou a pressão sobre os ativos dos mercados emergentes — já enfraquecidos pela perspectiva de que os juros globais teriam de permanecer altos e pelo crescimento decepcionante na China.
Os gestores de recursos, ainda assim, têm mantido o discurso otimista em relação aos nomes do setor. Eles apostam que as taxas de juros futuros negociadas no mercado retomarão uma tendência de queda consistente, conforme o sentimento de risco global se ameniza e o BC segue seu plano de voo de cortar a Selic em 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões. Os analistas do setor também mantiveram suas recomendações e nenhum dos consultados pela Bloomberg rebaixou a recomendação de uma grande construtora brasileira ao longo segundo semestre do ano, a despeito do esfriamento dos ganhos.
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Importações de minério de ferro pela China caem 4,9% em setembro ante agosto
As importações de minério de ferro pela China em setembro caíram 4,9% em relação a agosto, mostraram dados da alfândega na sexta-feira, já que o declínio das margens do aço e o aumento da oferta doméstica restringiram as compras.
O maior consumidor de minério de ferro do mundo trouxe 101,18 milhões de toneladas métricas da principal matéria-prima da fabricação de aço no mês passado, abaixo das 106,42 milhões de toneladas importadas em agosto, que havia marcado o maior volume desde outubro de 2020, mostraram dados da Administração Geral de Alfândega do país.
No entanto, os volumes no mês passado aumentaram 1,47% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
(*Com informações de Reuters e Bloomberg.)
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