Só que, mesmo num cenário assim, brasileiros que viajarem para os EUA ainda vão ouvir aquele “traz um iPhone pra mim”. Eles ainda serão mais baratos por lá – ainda que a diferença acabaria reduzida a um fiapo.
Um iPhone 16 Pro 256 GB custa US$ 1.099 nos Estados Unidos. Com o corredor polonês das novas taxas, que ainda não estão nos preços que Apple pratica nos EUA, ele iria para US$ 1.824.
Aplique o câmbio desta quarta (9), e isso vira R$ 10.652. No Brasil, só como “tarifaço” que já temos por aqui desde a Idade da Pedra, o mesmo aparelho custa R$ 11.299.
Vamos às contas. Para calcular o valor final do “iPhone + 125%” usamos o preço de produção, na China, calculado pela TechInsighs, uma consultoria americana. Esse valor fica em US$ 580.
125% de US$ 580 são US$ 725.
Aplique US$ 725 ao preço de varejo. Dá US$ 1.824 (66% a mais do que hoje), caso a Apple deseje repassar tudo para o preço final.
Em reais, R$ 10.652. Ou seja: ainda assim, seria 6% mais barato do que no Brasil.
No fim, essa é uma aproximação, porque com a guerra tarifária o iPhone pode ficar ainda mais caro – seja nos EUA, seja no Brasil, seja na China.
Apesar de o aparelho ser montado na China, há peças americanas ali. Caso da memória, que, de acordo com a TecInsights, tem um preço de custo de US$ 21 no caso do modelo de 256 GB. Com as tarifas retaliatórias da China contra os EUA, essa parte já será mais cara. E o custo extra irá para os nossos bolsos.