O CEO e cofundador da Xiaomi, Lei Jun, divulgou a versão de um smartphone de US$ 630 (cerca de R$ 3.400 sem as taxas). O modelo foi projetado para competir com o recém-lançado iPhone 17, reforçando as ambições mais amplas da empresa chinesa para rivalizar com a Apple e Tesla.

O Xiaomi 17, que será oferecido nos modelos Pro e Pro Max, assim como a linha principal da Apple, tem preço inicial de 4.499 yuans (US$ 631,20) para a versão mais básica, chegando a 5.999 yuans no topo de linha, disse Lei Jun em evento transmitido ao vivo nesta quinta-feira (25).

Se comparado ao modelo mais básico do novo iPhone, a versão da Xiaomi ainda é US$ 100 mais em conta que o iPhone 17, apresentado há algumas semanas.

Lei está atacando a Apple da forma mais direta, mudando a marca e o timing da Xiaomi para comparar seus produtos com os melhores da empresa americana.

Em uma apresentação online de duas horas, o CEO da empresa orquestrou uma comparação lado a lado com o iPhone em termos de duração da bateria, qualidade da tela e recursos da câmera.

Nesta quinta-feira, Lei também comparou os carros de sua marca com os modelos da Tesla, destacando o Model Y.

A Xiaomi está em alta após uma expansão inicial bem-sucedida para veículos elétricos que ajudou a triplicar seu valor de mercado no último ano.

O CEO da Xiaomi de 55 anos já havia delineado planos para criar modelos de IA e investir US$ 7 bilhões no desenvolvimento de seus próprios processadores móveis, parte de um esforço mais amplo para levar a Xiaomi além dos gadgets de consumo pelos quais é conhecida.

Lei, que considerou os veículos elétricos seu último grande empreendimento, está tentando transformar e elevar a empresa, que começou com preços mais baixos do que o iPhone.

A Xiaomi, sediada em Pequim, está buscando uma fatia maior do segmento premium. Mas confrontar a Apple significa enfrentar uma empresa americana que controla 62% das vendas globais de smartphones premium, incluindo aparelhos que custam US$ 600 ou mais.

Agora avaliada em quase US$ 200 bilhões, com investidores apostando em sua expansão para veículos elétricos, a Xiaomi conquistou um espaço em um mercado dominado pela BYD Co., sediada em Shenzhen, e pela Tesla de Elon Musk. No lançamento de seu segundo carro, o SUV YU7, em junho, o primeiro modelo da Xiaomi superou as vendas do Tesla Model 3. Isso ocorreu pouco mais de um ano após o início das primeiras entregas, na primavera de 2024.