Nos Estados Unidos, a WEG tem focado em veículos utilizados por operadores de aeroportos, disse o executivo, citando um início de expansão global da companhia no segmento de recarregamento de veículos elétricos.
No Brasil, a WEG tem atuado no segmento de recarregadores para veículos elétricos usados por operadores de redes de recarga e também para montadoras de ônibus elétricos.
Diversificação da WEG
Com uma frota brasileira de ônibus elétricos com 1.168 veículos, a WEG começa a se espalhar para várias regiões brasileiras. Atualmente, a empresa está concentrada em São Paulo, onde detém 60% de participação nesse modelo de frota.
A WEG iniciou no mês passado uma operação dedicada à mobilidade elétrica em seu centro de serviços em São Bernardo do Campo (São Paulo), focada em reparo e manutenção. No médio prazo, disse Grillo, o centro deve oferecer serviços de manutenção de baterias.
Tarifas
O presidente da WEG, Alberto Kuba, afirmou que o maior desafio é a retração da economia mundial, principalmente com a guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos.
“Mas não vimos o mundo parar de crescer ainda”, disse o executivo. Kuba citou sem dar detalhes, porém, que alguns projetos estão sendo adiados, dada as incertezas das consquências das tarifas dos EUA.
O executivo afirmou que a WEG está acelerando a expansão de capacidade de produção de componentes no México para atender a demanda por alternadores da Marathon, adquirida em 2023.
“Estamos acelerando tudo o que é possível no México. Investimentos que aconteceriam em 2026, 2027, 2028 estamos acelerando para casar com esse novo cenário tarifário”, afirmou.
Segundo ele, a prioridade atual da empresa na América do Norte é acelerar a capacidade de produção de alternadores da Marathon. “Estamos indo indo muito bem nos EUA”, disse sem dar detalhes.
“Mas uma integração vertical da Marathon, com todos os componentes produzidos pelo grupo, ainda vai levar de dois a três anos para acontecer”, disse o Kuba.
Questionado sobre o retorno dos investimentos mais recentes anunciados pela WEG, que incluem o anúncio de cerca de R$ 1 bilhão em Santa Catarina para nova fábrica de equipamentos de grande porte, o vice-presidente financeiro, André Luís Rodrigues, afirmou que “investimentos nesse patamar gera uma acomodação do retorno sobre capital investido”.