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Análise

Morning Call: ata do FOMC não preocupa bolsas, que sobem no começo do dia

Com a queda do petróleo para níveis abaixo dos US$ 90 e juros nos EUA mais altos já precificados, a ata do FOMC não parece espantar o otimismo dos investidores globais nesta quarta-feira.

Depois de um dia de alta na maioria dos índices globais ontem (22), os investidores continuam otimistas no começo desta quarta-feira (23) mesmo com a divulgação da ata do FOMC na agenda do dia.

Na Ásia, as bolsas hoje seguiram o tom de alta dos mercados dos EUA na quarta (22) e pela alta de empresas do setor imobiliário na China. O índice de Hang Seng teve alta de 0,57% no dia, Shanghai teve ganhos de 0,26%, o Taiex avançou 0,46% e o Kospi encerrou o pregão em alta de 0,53% enquanto a bolsa japonesa não teve pregão pelo feriado do dia dos trabalhadores.

Na Europa, os mercados sobem em sua maioria no começo do dia influenciados pelas falas de autoridades de bancos centrais e pela queda de commodities energéticas como o petróleo. O barril do tipo Brent registrava queda de 3,32% aos US$ 85,43 enquanto o barril do tipo WTI caía 3,09% aos US$ 78,47.

E ontem (22) o presidente do banco central alemão, Nagel, cogitou a possibilidade de aumentos mais leves nas taxas de juros pelo Banco Central Europeu. Mesmo com expectativas de uma alta de 0,75 p.p. para a próxima reunião do BCE, Nagel disse que um aumento de 50 pontos base seria um movimento forte, passando a mensagem de que em sua opinião os juros poderiam subir a níveis restritivos porém com altas mais leves entre as reuniões.

No começo do dia, o índice alemão DAX recuava 0,15% enquanto o índice FTSE subia 0,29%, o CAC tinha leves ganhos de 0,05% e o Euro Stoxx avançava 0,14%.

Ata do FOMC em destaque no dia

Hoje às 16:00 será divulgada a ata da reunião do FOMC, que deve trazer atualizações sobre a visão dos integrantes do Fed sobre inflação, juros e atividade econômica dos EUA apesar de serem pequenas as chances de novas informações que mudem o rumo já indicado pelos próprios dirigentes em reuniões e discursos passados.

O mercado continua a apostar em uma alta de 0,75 p.p. para a reunião de 14 de dezembro do Fed, que elevaria a taxa de um intervalo de 3,75% e 4% para 4,25% a 4,5% enquanto as apostas para a taxa terminal de juros continuam em 5% e 5,25% a partir de março até setembro de 2023, quando o mercado precifica o início do corte de juros pelo Fed.

Os pré-mercados dos EUA indicam uma continuação do otimismo de ontem (22) com a alta dos futuros do Dow Jones, que registrava ganhos de 0,05%, S&P 500 com avanço de 0,13% e Nasdaq subindo 0,13%.

No Brasil

Ainda como assunto forte entre investidores, as eleições voltam a se destacar após a representação no TSE feita pelo PL solicitando a verificação extraordinária de urnas após alegarem ter encontrado evidências de mau funcionamento de algumas.

Além disso, a PEC da transição ainda segue sem um texto final e deve ser discutida durante os próximos dias no Senado já que o prazo para sua aprovação acaba em dezembro. Após o processo, deve seguir para o plenário para aprovação e posteriomente para a Câmara dos Deputados.

O próprio Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, chegou a afirmar que a pretensão do governo de deixar o Bolsa Família fora do teto de gastos o maior tempo possível não encontra ressonância no Congresso e deve enfrentar rodadas de discussões e possíveis alterações na proposta inicial.

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