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Análise

Morning Call: bolsas americanas bateram recordes enquanto a B3 estava fechada

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Destaques (José Falcão Castro):

Em Nova York, apesar do índice Dow Jones cair, o S&P 500 e o Nasdaq bateram recordes, enquanto a B3 ficou fechada por conta do feriado municipal em São Paulo, mas a renúncia de Wilson Ferreira Jr da Eletrobras causou uma forte queda de quase 12% no ADR da empresa negociado em NY e o índice EWZ caiu mais de 1%;

No cenário político americano, ontem, líderes democratas no Senado disseram que estímulos podem sair só em meados de março, frustrando um pouco as expectativas que esperavam uma aprovação em fevereiro; Biden se diz aberto a negociar sua proposta de US$ 1,9 trilhão;

No pré-mercado de NY, os índices futuros operam em baixa antes de balanços corporativos importantes; Dow Jones futuro (-0,15%), S&P 500 (-0,27%), Nasdaq (-0,34%);
As bolsas europeias tentam uma recuperação, após dois pregões seguidos de queda, impulsionadas por bons resultados de 4TRI de empresas dos setores químico e financeiro; Frankfurt avança (1,25%), Londres (+0,40%), Paris (+0,85%), Madri (+0,60%), Milão (+0,70%); Lisboa é exceção de baixa (-0,65%);

O petróleo opera em alta leve, tipo Brent negociado em Londres sobe 0,4%, cotado a US 55,91 e o dólar leva vantagem sobre seus pares neste início de pregão;

Aqui, tivemos um feriado cheio de notícias, algumas positivas, como a chegada de mais 10 milhões de doses da vacina AstraZeneca para a Fiocruz, no início de fevereiro, e de 5.400 litros de insumos liberados pela China para a produção de Coronavac pelo Butantan, nos próximos dias;

Segundo Ata do Copom divulgada hoje às 8h; “no exterior, repique e novas cepas de coronavírus devem afetar atividade no curto prazo, mas novos estímulos e vacina devem trazer recuperação sólida no médio prazo”;

A Ata destaca no Brasil: “indicadores do fim de 2020 surpreendem positivamente, mas não contemplam efeitos do recente repique de covid; incerteza sobre ritmo de crescimento da economia brasileira permanece acima da usual, especialmente no 1TRI, com esperado arrefecimento dos efeitos do auxílio emergencial”.

Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):

O IBOV por enquanto segue devagar, mas respeitando a média móvel exponencial de nove períodos (MME9) como resistência no diário que para hoje estaria na faixa dos 120.500 pontos. Por outro lado o gráfico semanal chega até o suporte desta mesma média e o candle atual seria importante por se tratar também do fechamento do mês. Se o mercado continuar respeitando a resistência de curto prazo, teremos como próximo suporte a faixa dos 110 mil pontos.

Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):

Pode-se dizer que o pregão desta sexta-feira (22) foi uma continuação dos movimentos vistos durante a semana. Quarto pregão consecutivo de queda, o recuo do Ibovespa contou com o apoio de uma correção no exterior, mas sobretudo com o temor sobre o fiscal elevado e uma reação negativa após um aumento de restrições no estado de São Paulo; 

Duas notícias ajudaram a diminuir o ímpeto da queda no pregão de sexta-feira. A primeira é a chegada ao Brasil de 2 milhões de doses da vacina desenvolvida em parceria entre AstraZeneca e Universidade de Oxford, produzidas na Índia. A segunda é a aprovação da Anvisa para um segundo lote da CoronaVac, agora com 4,8 milhões de doses; 
Com a queda de -0,60% nesta sexta-feira, o Ibovespa termina a semana em 117.616 pontos com um recuo acumulado de -2,3%; 

No cenário corporativo, a pausa na rotação de setores se mantém enquanto empresas como Magazine Luiza (MGLU3), B2W, Weg e Totvs seguem entre os destaques positivos e os grandes bancos recuam; 

Com queda de 3%, as ações da Eletrobras (ELET3, ELET6) figuram mais uma vez entre as maiores quedas do Ibovespa. Na véspera, a estatal já havia desabado 6,1% e foi a maior queda do Ibovespa após o senador Rodrigo Pacheco, candidato e favorito à presidência do Senado, dizer que a privatização não é uma prioridade; 

O maior destaque, porém, ficou com as ações de IRB Brasil (IRBR3, -8,3%). A empresa de resseguros divulgou que teve prejuízo líquido de R$ 124,5 milhões em novembro de 2020. Apesar do ressarcimento de R$ 358 milhões da Eletronorte a caminho, o mal desempenho operacional não agradou o mercado.

Indicadores
Brasil:
Divulgação da Ata do Copom (8h)
FGV: confiança do consumidor (8h)
IPCA-15 (9h)
EUA:
Saem os balanços de General Electric, 3M, UBS, Johnson & Johnson e American Express, antes da abertura; após o pregão, Citigroup, Microsoft, Boeing, Apple e Facebook
API: estoques de petróleo e derivados  (18h30)
Europa:
Reunião do Fórum Econômico Mundial
Ásia:
China/NBS: lucros industriais em dezembro (22h30)

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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