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Análise

Morning Call: bolsas globais abrem o mês em alta, com pacote de Biden

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques do pregão anterior e uma breve análise do índice Bovespa.

Retrospectiva do fechamento: o Ibovespa fechou o mês de março com alta de 6%, após dois meses negativos, puxado por empresas de setores que tendem a se beneficiar com a normalização das atividades comerciais, como shopping centers, entre os destaques, apesar de o país viver o pior momento da pandemia da Covid-19. O Ibovespa fechou o último pregão do ano com um leve recuo de 0,18%, a 116.633 pontos, com volume financeiro de R$ 32 bi.

Câmbio: com a maior queda em três semanas, o dólar apanhou no último pregão do mês, além de seguir o movimento da moeda no exterior, teve ajustes ligados à formação da Ptax de fim de mês. Dólar/Real: -2,23%, a R$ 5,63.

Mercado hoje: as incertezas em torno da política nacional e a difícil situação sanitária no Brasil continuam a preocupar o mercado interno. Porém, no exterior o forte posicionamento econômico dos Estados Unidos compensa o retomada de medidas de lockdown na Europa.

Brasil: o país renovou pelo segundo dia consecutivo seu recorde de mortes por Covid-19 registradas em 24 horas, com mais 3.869 óbitos. Enquanto isso, o presidente Bolsonaro voltou a aparecer, sem máscara, para reclamar de medidas sanitárias impostas pelos Estados. Ou seja, nada mudou e tudo indica que até o final da pandemia teremos que conviver com a instabilidade política e falta de liderança do governo em todos os níveis.

No exterior, o plano de 2,3 trilhões de dólares do presidente dos EUA, Joe Biden, para reconstruir a infraestrutura do país impulsionava o índices acionários globais. O presidente americano explicou que parte do projeto será financiado pelo aumento da carga tributária, mas garantiu que nenhum americano que ganhe menos de US$ 400 mil por ano terá que pagar mais impostos federais. Para ajudar a financiar as despesas, ele propõe o aumento do imposto corporativo de 21% a 28%.

Europa: bolsas europeias avançam com pacote de Biden e fortes dados industriais na região: na zona do euro e no Reino Unido, os PMIs industriais superaram todas as expectativas, o que indica uma recuperação econômica mais rápida. Na zona do euro, o PMI avançou para 62,5 em março, de 57,9 em fevereiro, e o consenso era de 62,4. No Reino Unido, deu um salto para 58,9 em março, maior nível desde 2011, ante o consenso era de 57,9. O contraponto negativo foi que o presidente francês, Emannuel Macron, anunciou a ampliação do lockdown no país para conter terceira onda da pandemia. A bolsa de Frankfurt subia 0,35%, Londres +0,52% e Paris +0,19%.

NY/Futuros: Dow Jones sobe 0,07%, S&P 500 +0,31% e Nasdaq +0,90%; Yield do T-note de dez anos cai a 1,71810% (de 1,74320% no fechamento).

Commodities: Petróleo tipo Brent sobe 2,12%, cotado a US$ 64,07 o barril; Ouro estável (-0,02%), negociado a US$ 1.715,25 a onça-troy.

Ásia: na China Continental, a bolsa Xangai fechou em alta de 0,71%; Tóquio (Nikkei) +0,72%; Hong Kong +1,97%.

IBOV: o índice Bovespa retoma uma tendência de alta no curto prazo, após operar próximo do nível dos 117 mil pontos e tenta sair de uma zona de congestão em torno dos 115 mil pontos. No longo prazo, ao ficar acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), mantém a sua tendência de alta.

Indicadores:
Brasil
IBGE: Produção industrial de fevereiro (9h)
Balança comercial de março (15h)
EUA
Dpto Trabalho: Pedidos de auxílio-desemprego da semana até 27/03 (9h30)
IHS Markit: PMI industrial de março (final) (10h45)
Índice de atividade industrial de março e investimentos em construção de fevereiro (11h)
Baker Hughes: poços de petróleo em operação (14h)
Europa
Alemanha/IHS Markit: PMI industrial de março (4h55)
Zona do euro/IHS Markit: PMI industrial de março (5h)  
Reino Unido/Cips-IHS Markit: PMI industrial de março (5h30)
Áustria: Reunião de cúpula da Opep+
Rússia/GKS: PIB do 4TRI (13h)

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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