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Análise

Morning Call: dados dos EUA e China estão no foco; lucro da B3 avança 15%

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Brasil: nesta sexta-feira, o cenário político segue tenso em Brasília, com o presidente Jair Bolsonaro chamando de “canalhas” parlamentares da CPI da Covid do Senado que o criticam pela defesa do uso da cloroquina. Além disso, as Nações Unidas pediu uma investigação da operação policial em favela do Rio de Janeiro em que 25 pessoas foram mortas. O IGP-DI de abril (8h) e dados das vendas no varejo em março (9h) são os dois destaques do dia, enquanto na B3 repercutem os balanços de ontem à noite. Lojas Americanas mais que triplicou o prejuízo, com B2W contribuindo para o resultado negativo. Já o lucro do Banco do Brasil ficou acima das projeções.

A B3 viu seu lucro crescer acima das previsões, beneficiada por um ambiente ainda robusto de ofertas de ações e pela volatilidade do mercado, que impulsionou os volumes e as receitas no período. Em termos ajustados, o lucro de janeiro a março somou R$ 1,336 bilhão, avanço de 15,5% em um ano e pouco acima da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de R$ 1,2 bilhão.

Cenário global: o grande foco de atenção dos investidores é no mercado externo, com os dados da balança comercial da China e o payroll nos EUA (9h30), que poderá mostrar a criação de um milhão de empregos, resgatando o receio de inflação pelo ritmo forte da recuperação econômica. Os investidores buscarão no relatório pistas sobre quando o Federal Reserve vai reduzir seu estímulo monetário. Já na Ásia, a China deu continuidade a seu impressionante desempenho comercial em abril, com as exportações bem acima das expectativas e importações atingindo máxima desde 2011. A segunda maior economia do mundo registrou um superávit comercial de US$ 42,85 bilhões em abril, ante previsão de US$ 28,2 bilhões. Na Europa, a Alemanha divulgou a produção industrial que cresceu 2,5% em março ante fevereiro, ante projeção de +1,8%; na comparação anual, alta foi de 5,1%.

Europa: índice Stoxx 600 opera em alta de 0,52%, aos 443,30 pontos; NY/Pré-mercado: futuro do Dow Jones sobe 0,15%, do S&P 500 +0,20% e do Nasdaq +0,27%; Petróleo tipo Brent cai 0,13%, para US$ 68,00 o barril; Ouro sobe 0,28%, para US$ 1.820,85 a onça-troy.

Ibovespa: subiu na quinta-feira, ajudado pelo desempenho de Vale na esteira da alta do minério de ferro na China, enquanto balanços trimestrais tiveram repercussão diferentes, com Ambev disparando quase 9%, mas Ultrapar caindo cerca de 7%. O IBOV tem como resistência importante os 122 mil pontos. Apesar de estar preso nos 120 mil pontos, o índice segue consolidando uma tendência de alta no curto prazo ao deixar para trás uma zona de congestão em torno dos 115 mil pontos. No longo prazo, ao ficar acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), o índice mantém a sua tendência de alta também.

Indicadores
Brasil
FGV: IGP-DI de abril deve acelerar a 1,72%, na margem (8h)
Anfavea: produção de veículos em abril (10h)
IBGE: Vendas no varejo em março (9h)
Paulo Guedes participa de reunião virtual com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o embaixador da China, Yang Wanming (16h)
EUA
Dpto. do Trabalho: relatório de empregos (payroll) e taxa de desemprego de abril (9h30)
Depto Comércio: Estoques no atacado em março (11h)
Baker Hughes: poços de petróleo em operação (14h)
Ásia
China: Balança Comercial 

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