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Finanças

Morning Call: IBOV busca recuperação com vacinas e novas lideranças no congresso

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Destaques (José Falcão Castro):

Hoje, com uma agenda mais esvaziada, o destaque dos mercados internacionais será a reunião do Banco Central inglês (9h), porém há uma expectativa de que a instituição não mudará a política monetária, mas pode sinalizar juro negativo para um prazo mais longo;

Nos EUA, a expectativa fica para amanhã na espera pelos números do payroll, após resultados acima do esperado da geração de vagas no setor privado e da atividade do setor de serviços em janeiro;

A recuperação dos EUA, reforçada também pelo ritmo da vacinação, é boa notícia para o mundo, mas pode significar necessidade de menos estímulos fiscais e monetários, o que não é uma boa notícia para o mercado;

No pré-mercado de Nova York, os principais índices futuros têm leves avanço; Dow Jones (+0,06%), S&P 500 (+0,12%), Nasdaq (+0,35%), em meio a sinais de que a economia americana está melhorando;

Há pouco, um bom dado foi divulgado no varejo da zona do euro: vendas em dezembro cresceram 2% ante novembro (projeção +0,5%);

Frankfurt sobe 0,25%, Paris (+0,31%), Madri (+0,03%), Milão (+0,13%); Lisboa cai (0,41%), e Londres espera decisão do BoE com cautela (+0,18%);

Mais cedo, influenciadas pelo fechamento de NY ontem, as bolsas asiáticas caíram; No Japão, o Nikkei caiu 1,06%, Kospi de Seul (-1,35%), Hong Kong (-0,66%), Xangai (-0,44%);
Commodities: petróleo brent/abril com alta leve (+0,12%, a US$ 58,76), WTI/março +0,70% após queda de estoques (US$ 56,08); Minério de ferro em Qingdao salta 3,52%, cotado a US$ 158,03;

Aqui, no embalo das expectativas positivas com o avanço da agenda econômica no Congresso, o investidor tem ainda boas notícias das vacinas, após o governo iniciar negociações para a compra de 30 milhões de doses da Sputnik e da Covaxin. Além disso, tem boas notícias corporativas, com a alta da produção da Vale, que hoje deve encerrar sua pendência com Brumadinho, e o maior lucro trimestral da história do Bradesco no 4TRI.

Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):

IBOV: apesar do dia positivo, ainda é pouco para confirmar a recuperação da média móvel exponencial de nove períodos (MME9) pelo gráfico diário, ainda temos a importante resistência dos 120 mil pontos pela frente. Se pelo menos conseguir evitar a perda deste suporte da média exponencial já seria um grande passo, onde hoje estaria na faixa dos 118.260. 

Cenário global e bolsa brasileira ontem (Eduardo Perez):

O mercado se animou hoje com a entrega de uma lista de 35 pautas em trâmite no Congresso entregue pelo presidente Jair Bolsonaro, consideradas de maior prioridade. Dentre os assuntos estão a privatização de Eletrobrás, a Reforma Administrativa e Autonomia do BC. Com a reação positiva, o Ibovespa fechou em alta de 1,26%.

Divulgado hoje o fluxo cambial estrangeiro de Janeiro, com um superávit de R$ 2,7 bilhões, sendo o melhor mês de Janeiro dos últimos 3 anos.

No cenário empresarial, apesar do Santander divulgar um aumento de 1,4% no 4º Tri/20 em comparação com o mesmo período de 2019, as units (SANB11) chegaram a abrir o dia em alta porém fecharam em queda de 0,39%.

O Governo de Minas divulgou hoje que está perto de firmar um valor de reparação aos danos sociais, ambientais e econômicos após a tragédia com a barragem de Brumadinho junto à Vale. Amanhã, 04/02, deveremos ter o resultado do trato e valores devem chegar perto dos R$ 37 bi. As ações da Vale subiram 3,16% com essa notícia.

As ações da Petrobrás fecharam em alta após a divulgação do aumento da demanda por petróleo, causando a alta da commodity e divulgação do relatório da OPEP informando estar otimista com a retomada econômica de 2021.

Os dados de empregos privados americano surpreende com criação de 174.000 novos postos de trabalho em janeiro frente a uma expectativa de 50 mil.

No cenário empresarial internacional tivemos a Amazon divulgando o lucro líquido que mais que dobrou no quarto trimestre de 2020, para US 7,2 bilhões, bem acima das expectativas que era de US 3,7 bilhões no período. No ano de 2020, o lucro da empresa cresceu 84% em relação a 2019, para US 21,3 bilhões. Jeff Bezos deixará o cargo de CEO e assumirá a presidência do conselho de administração da companhia.

Google: registrou lucro líquido de US 15,65 bilhões no quarto trimestre de 2020 (acima das expectativas de US 11,9 bi), o que representa alta de 68,9% ante o mesmo período de 2019. No acumulado do ano, o lucro foi de US 41,22 bilhões, alta de 20,43%. Os resultados foram impulsionados pelas receitas de pesquisas e do YouTube, com a recuperação do consumo e das atividades comerciais.

Indicadores
Brasil:
Anfavea reporta dados de produção de veículos em janeiro (10h)
EUA:
Deptº do Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego devem ficar em 830 mil (10h30)
Encomendas à indústria em dezembro (12h)
Europa:
Zona do euro/Eurostat: vendas no varejo em dezembro
Reino Unido: BoE divulga decisão de política monetária (9h)

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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