As bolsas na Europa operam com viés negativo, de um lado, os bons balanços do segundo trimestre e a “dovish” retórica dos bancos centrais para dar sustentação às bolsas. De outro, pesam no horizonte a atividade mais fraca na China e a variante delta do coronavírus. As ações relacionadas a viagens e lazer se destacam em alta hoje. Notícia boa vem da reabertura, com o Reino Unido declarando que vai relaxar restrições de mobilidade e negócios na segunda-feira. Além disso, o presidente americano Joe Biden afirmou ontem que os EUA estão avaliados se podem retirar como restrições de viagens de cidadãos europeus ao país.
Brasil: aqui, as incertezas no cenário externo somam-se as tensões políticas internas, que deixam os investidores com um posicionamento mais defensivo. Porém, com o início do recesso parlamentar em Brasília, pausa nos trabalhos da CPI da Covid e a postergação das discussões sobre a reforma tributária para agosto, tendem a deixar o clima mais leve e pode jogar a favor da bolsa brasileira. O quadro de saúde de Bolsonaro evolui favoravelmente; a cirurgia está, em princípio, descartada. O presidente, no entanto, continuará internado. O risco mais imediato para os negócios vem dos mercados em NY, que sustenta uma queda-de-braço com o Fed sobre o melhor momento para a redução de estímulos.
Ibovespa: a bolsa brasileira virou no meio do pregão ontem, puxada pelo mau humor em NY, com o Fed demonstrando desconforto com a inflação, nas palavras do presidente Jerome Powell. O índice caiu 0,73%, aos 127.467,88 pontos, com giro fraco de R$ 28,5 bilhões. O IBOV segue em tendência de alta no longo prazo, porém sinais da correção foram dados e estão em andamento, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, atual resistência no gráfico e operar abaixo da média móvel curta (21 períodos). O investidor estrangeiro retirou R$ 1,27 bilhão da B3 no dia 14 de julho, quarta-feira, tirou R$ 2,42 bilhões da B3 no acumulado de julho; no ano, saldo é positivo em R $ 45,59 bilhões.
Indicadores: |
FGV: Monitor do PIB de maio (10h15) |
FGV: IGP-10 de julho (8h) |
FGV: IPC-S da 2ª quadrissemana de julho (8h) |
Zona do euro / Eurostat: balança comercial de maio (6h) |
Zona do euro: CPI final de junho e Núcleo do CPI (6h) |
EUA / Deptº. do Comércio: vendas no varejo de junho (9h30) |