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Análise

Morning Call: investidores seguem de olho nos bancos centrais do Brasil e EUA

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário Global: as bolsas europeias operam mistas à espera de Jerome Powell (Fed) que testemunha às 15 horas sobre resposta à pandemia na Câmara dos Representantes. Porém, o discurso ja foi antecipado ontem e não deve trazer surpresas, mas o mercado fica atento a qualquer pista que possa representar mudança de tom na condução da política monetária americana. No seu texto do depoimento, ele reforça que o desequilíbrio da cadeia de produção causado pela paralização das atividades na pandemia é o principal fator de pressão nos preços e que tende a ser reestabelecida no pós-pandemia, ou seja, a inflação é transitória. Além disso, o clima de cautela também se explica pela expectativa da decisão do Banco da Inglaterra (BoE) sobre sua política monetária, na quinta-feira. 

Ásia: na China Continental, Xangai Composto fechou em alta de 0,80%, aos 3.557,41 pontos; Em Tóquio, índice Nikkei subiu 3,12%, para 28.884,13 pontos; Em Seul, Kospi valorizou 0,71%, a 3.263,88 pontos; em Hong Kong, Hang Seng caiu 0,63%, aos 28.309,76 pontos; Europa: índice Stoxx 600 recua 0,09%, aos 454,82 pontos; Bolsa de Frankfurt cai 0,17%, Londres sobe 0,29%, Paris -0,07% e Madri -0,35%; NY/Pré-abertura: futuro do Dow Jones estável (-0,01%), S&P -0,06% e Nasdaq -0,10%; NY/Treasuries: yield da T-note de 10 anos cai à mínima de 1,46760%, de 1,49720% do fechamento ontem; Petróleo cai com relatos de que Opep+ deve aumentar produção a partir de agosto; Brent para agosto recua 0,43%, para US$ 74,58 o barril; Ouro para agosto cai 0,08%, cotado a US$ 1.781,45 a onça-troy.

Brasil: a aprovação ontem pela Câmara da medida provisória (MP) que abre caminho para a privatização da Eletrobras, um dia antes de caducar, já era esperada pelos investidores e deve ser absorvida pelo mercado sem grandes impactos hoje e segue para sanção presidencial. Com isso, o foco está nos eventos envolvendo os bancos centrais do Brasil e nos EUA. Aqui, a ata da reunião de política monetária (Copom) deve trazer mais detalhes sobre a mudança de posicionamento do Comitê que abandonou o discurso de choque temporário de inflação e ajuste parcial da Selic. 

O mercado busca entender agora sinais sobre a taxa de juro considerada neutra, no qual as apostas estão em torno de 6,5% ao ano. Também será importante na ata do Copom a mensagem do Banco Central em relação à retomada da economia brasileira e os impactos da crise hídrica no segundo semestre. A combinação de um Copom mais restritivo e um Fed mais expansionista nas suas políticas monetárias, é a receita perfeita para o real se apreciar frente ao dólar e provavelmente o nível dos R$ 5,00 será testado continuamente. 

Ibovespa: sem a mesma força das bolsas em Wall Street, o Ibovespa fechou em alta de 0,67%, mas não recuperou os 130 mil pontos, fechando aos 129.264,96 pontos, com volume de R$ 30,5 bilhões. A alta firme de Petrobras e virada positiva de siderurgia/mineração apoiaram o desempenho. Enquanto as ações da Petrobras responderam à valorização da commodity no mercado internacional, Vale avançou pelo segundo pregão consecutivo ainda refletindo os dividendos bilionários, e as siderúrgicas superaram o tombo de 4,91% do minério motivado por controle da China aos negócios no mercado à vista. Bancos, entretanto, foram instáveis durante o pregão, na contramão de seus pares em Wall Street. A votação da MP da Eletrobras favoreceu os papéis da empresa, mas o setor sentiu a notícia de que a bandeira vermelha deve subir mais de 60% a partir de julho, o que pesou sobre o setor. O Investidor estrangeiro ingressou com R$ 13,91 bilhões em junho na B3, no ano, o saldo é positivo em R$ 45,29 bilhões.

O IBOV segue em tendência de alta no curto e longo prazo, porém sinais de uma possível correção foram dados, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, atual resistência no gráfico.

Indicadores:
BC divulga ata do Copom (8h)
CPI da Covid: o deputado federal Osmar Terra presta depoimento (9h)
Zona do euro/Comissão Europeia: confiança do consumidor preliminar de junho (11h)
EUA/NAR: vendas de moradias usadas em maio (11h)
Tesouro faz leilão de NTN-B (11h)
BC faz leilão de até 15 mil contratos de swap (US$ 750 milhões), em rolagem (11h30)
EUA: Presidente do Fed, Jerome Powell, testemunha sobre resposta à pandemia na Câmara dos Representantes (15h)
EUA/API: Estoques de petróleo e derivados da semana até 18/06 (17h30)
Japão: BoJ divulga ata da reunião de política monetária de abril (20h50)
Japão/Jibun Bank/IHS Markit: PMI composto preliminar, PMI serviços e PMI industrial de junho (21h30)

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