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Análise

Morning Call: foco hoje é em outra guerra: a da inflação, com ata do Fed

Cenário global e bolsa de valores

Hoje no cenário global, o mercado ainda fica de olho no conflito geopolítico entre Rússia e Ucrânia, além da divulgação da ata da reunião de política monetária do Federal Reserve nesta quarta-feira e deve ser o evento mais esperado da semana. As bolsas globais avançavam pelo segundo dia seguido, com aversão ao risco diminuindo, apesar do ceticismo do Ocidente com as afirmações da Rússia de retirada de tropas das fronteiras ucranianas. Os mercados buscam qualquer sinal de que uma das mais profundas crises nas relações entre o Oriente e Ocidente em décadas está começando a diminuir, e se apegaram ao anúncio por Moscou de uma retirada parcial, mesmo com os Estados Unidos alertando que não há provas.

Após o alívio das tensões geopolíticas na Ucrânia, o mercado deve voltar sua atenção contra outra guerra, a da inflação. Com a ata da última reunião do Fomc hoje (16h), que deve vir mais dura no combate à pressão nos preços. O documento pode ser importante para sinalizar o ritmo do aperto monetário nos Estados Unidos, se indicar quantos Fed boys estão com James Bullard, que defende uma alta de 100 pontos-base do juro até julho, e quantos ainda estão com Powell, sempre mais dovish. 

As bolsas da Ásia encerraram o pregão desta 4ªF refletindo o alívio das tensões geopolíticas e dos dados de desaceleração da inflação na China que foram importantes no movimento positivo hoje. Em Tóquio, o Nikkei encerrou o dia com alta de +2,22% e, em Hong Kong, o Hang Seng subiu +1,49%. Em Seul, o Kospi registrou alta de 1,99% enquanto que o Taiex, em Taiwan, subiu +1,56%. Na China continental, o Xangai subiu +0,57%. As ações europeias rondavam a estabilidade nesta quarta-feira, também em meio a esperanças cautelosas de uma diminuição nas tensões entre Rússia e Ucrânia, enquanto a aceleração da inflação limitava o índice blue-chip do Reino Unido. Na abertura, Londres operava estável (-0,09%); Frankfurt, +0,30%, Paris, +0,31%, Madrid, +0,32% e o Stoxx600, +0,37%.

Cenário no Brasil

Hoje haverá o encontro entre os presidentes brasileiro, Jair Bolsonaro, e russo, Vladimir Putin, em Moscou.Mas no cenário nacional, os mercados podem repercutir a aprovação em Plenário pelo Tribunal de Contas da União (TCU) do valor de outorga que será cobrado da Eletrobras para renovar as concessões de um grupo de hidrelétricas sob um novo regime, em um passo fundamental para a realização da privatização da empresa. Ainda entre as empresas, o dia reserva os resultados de BTG, Weg, EDP e Totvs.

O principal índice da bolsa brasileira teve na terça-feira o maior nível de fechamento desde setembro, diante da recuperação global dos ativos, após retirada de algumas tropas russas da fronteira com a Ucrânia, embora incertezas continuem. O Ibovespa avançou 0,82%, a 114.828,18 pontos, com volume financeiro de R$ 29,9 bilhões. O investidor estrangeiro ingressa com R$ 1,79 bilhões na B3 no pregão do dia 14/02. No acumulado de fevereiro, o saldo é positivo em R$ 14,86 bilhões; no ano, o saldo é positivo em R$ 47,35 bilhões. 

Cenário global e bolsa de valores
Brasil: Balanços de BTG Pactual e Weg, antes da abertura, e de Totvs, EDP Brasil e Kepler Weber, após o fechamento do mercado
EUA: Balanço de American International Group (AIG)
Fipe: IPC da 2ª quadrissemana de fevereiro (5h)
Zona do euro/Eurostat: produção industrial de dezembro (7h)
FGV: IPC-S da 2ª quadrissemana de fevereiro (8h)
EUA/Deptº do Comércio: vendas no varejo em janeiro (10h30)
EUA/Fed: produção industrial em janeiro (11h15)
EUA/NAHB: Índice de Confiança das Construtoras em fevereiro (12h)
EUA/DoE: Estoques de petróleo da semana até 11/02 (12h30)
BC: Fluxo cambial semanal (14h30)
EUA: Fed divulga ata da reunião mais recente de política monetária (16h)
Senado tem sessão para votar pacote de projetos que propõem a redução de preços dos combustíveis no Brasil

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