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Análise

Resumo dos Analistas: Vacina de Oxford puxa bolsas globais; IBOV segue forte

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Destaques (José Falcão Castro):

  • Nesta semana, antes do feriado de Ação de Graças quinta-feira (26) nos EUA, espera-se uma solução para o desentendimento entre Fed e Tesouro sobre novos estímulos fiscais. Já na Europa, um acordo do Brexit entre a União Europeia e o Reino Unido parece estar próximo de um acerto final e será mais um grande alívio em momento delicado com segunda onda de covid no continente;
  • A AstraZeneca é a terceira farmacêutica a anunciar resultado promissor com vacina na fase final de testes com até 90% de eficácia, feita em parceria com a Universidade de Oxford e os testes clínicos desta vacina foram conduzidos no Reino Unido e no Brasil. Com isso, os mercados globais abrem a semana em alta, apesar das quedas nos índices de atividade europeus; o PMI composto da zona do euro caiu de 50 pontos em outubro para 45,1 em novembro, de volta à zona de contração, porém esperado por conta da segunda onda de covid;
  • Dow Jones futuro avança 0,72% e Nasdaq (+0,40%); Frankfurt (+0,82%), Londres (+0,30%) e Paris (+0,64%);  
  • Com liquidez menor, por feriado em Tóquio, as bolsas asiáticas fecharam em alta também puxadas por boas expectativas com vacinas; Xangai subiu 1,09% e Hong Kong (+0,13%);
  • No Brasil, a agenda da semana terá IPCA-15 e IGP-M, o mercado está de olho na inflação “temporária”, além de dados do emprego e contas do Governo Central;
  • No cenário político, se a Câmara suspender as sessões às vésperas do 2º turno da eleição municipal, só vai piorar o sentimento negativo com as expectativas do mercado, depois entramos em dezembro e o ano acaba sem avanços importantes.

Análise Gráfica – IBOV (José Falcão Castro):

  • O índice Bovespa vai se mantendo acima dos 105.700 pontos, porém quando as correções naturais de curto prazo aparecerem, é importante não cair abaixo do suporte de 102.000 pontos;
  • No curto prazo, o IBOV continua em forte tendência de alta e começa a consolidar também alta no longo prazo, ao se afastar das médias móveis de 21 e 200 períodos;
  • Suporte: 102.000 (mínima do dia 2 de novembro e média móvel de 21)
  • Resistência: 105.700 (máxima do dia 29 de julho)

Cenário doméstico e internacional (Murilo Breder):

  • O Ibovespa fechou em queda de -0,59% na última sexta-feira (20) pressionado principalmente pelo exterior após divergências entre o Federal Reserve e o Tesouro dos EUA sobre os programas de estímulos à economia do país, além do aumento de casos de coronavírus pelo mundo. Pode ter pesado também a fala de Paulo Guedes na quinta-feira (19), quando o ministro da Economia aventou a hipótese de o País vender parte de suas reservas internacionais para reduzir a dívida pública;
  • No entanto, a queda de hoje não resume a semana da Bolsa. Os últimos dias foram positivos, com grande fluxo estrangeiro para o mercado local, favorecendo os ganhos do índice brasileiro e a queda do dólar contra o real nos últimos pregões;
  • Dessa forma, o Ibovespa encerra a semana com uma alta de 1,26%, em 106.042 pontos. O dólar, apesar da alta de +1,35% nesta sexta, também encerrou a semana no negativo: -1,67%. A moeda norte-americana agora está cotada em R$ 5,39.

Cenário corporativo (Murilo Breder):

  • A maior alta do dia ficou para o Pão de Açúcar (PCAR3, +4,6%). A companhia informou em fato relevante que obteve todas as autorizações de credores para a cisão do Assaí e que não haverá alteração na alocação de dívida bruta;
  • A cisão pode destravar valor para a companhia, que está em processo de desalavancagem. Ela também interessa aos acionistas de PCAR3 já que a companhia anunciou que após a listagem, quem tiver 1 ação PCAR3 receberá 1 ação do Assaí;
  • Já a maior queda do Ibovespa ficou nas mãos da PetroRio (PRIO3, -6,1%). No entanto, o movimento não preocupa. Trata-se apenas de uma pequena realização após a disparada de 30% na véspera.
Indicadores
Brasil:
Boletim Focus (Banco Central)
Balança Comercial semanal 
IPC-S Q3 (FGV)
Sondagem da Construção e prévia da Indústria (FGV)
EUA:
PMI Composto (Industrial e Serviços, preliminares) 
Índice nacional de atividade manufatureira (Fed de Chicado)
Europa:
Zona do Euro: PMI Composto (Industrial e Serviços, preliminares) 

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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