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Cafeína

O que a queda das ações do Alibaba diz sobre a China? É hora de ir às compras?

De outubro do ano passado até meados de junho, os bdrs BABA34 caíram quase 40%. Risco chinês à vista?

O Alibaba (BABA34) que é considerado a Amazon chinesa vem sofrendo queda em suas ações. De outubro do ano passado até meados de junho, as ações Alibaba (BABA34) caíram quase 40%. Mas qual será o motivo se a gigante chinesa vende até mais do que a própria Amazon em datas distintas? Por que suas ações estão tão descontadas?

O motivo é apenas um: a guerra entre Jack Ma e o governo chinês. O país asiático barrou a oferta de ações (IPO) da AntGroup, que é um braço financeiro do Alibaba (e de propriedade de Jack Ma). Nesta mesma época, o empresário chegou a ficar sumido por 3 meses – coincidentemente após o empresário ter falado mal do sistema financeiro chinês. E claro, isso não agradou o governo local. O resultado foi o cancelamento do IPO e uma investigação sobre práticas anticompetitivas contra o Alibaba.

Alibaba ações e a queda

Porém, os fundamentos do Alibaba não mudaram e essa queda acentuada nas ações não está bem justificada. Ou seja: a empresa foi penalizada pelo mercado.

Segundo o analista da Easynvest, Eduardo Perez, essa é uma oportunidade para se posicionar nos BDRs da empresa e aguardar os próximos capítulos. Inclusive, no mais recente boletim de BDRs da Easynvest, o Alibaba é melhor classificado pelos analistas do que a Amazon. A empresa recebe como nota 4 estrelas, e é apontada com um desempenho acima do mercado. Isso porque a empresa está com bom crescimento e boa margem Ebitda, segundo o analista.

O que se percebe, segundo o analista, é uma tendência natural de um maior desconto em ativos chineses. Ou seja: tudo que for de empresa chinesa vai ser precificada com um preço menor do que ela realmente vale. E é por isso que as ações do Alibaba estão descontadas.  Há aí um risco chinês, mas esse risco é inerente a todas as empresas.

Por enquanto, parece ser mais uma questão de timing do mercado. No curto prazo, não está tão favorável. Mas no longo, a história muda.  

Raio-X Alibaba

O Alibaba se tornou um ecossistema, mas com a maior parte da sua receita proveniente da China. É como um império de plataformas relevantes na vida de todo chinês. A companhia é detentora do AliExpress, que é um site de varejo global; do Alipay, que é um sistema de pagamentos online. Também do Taobao, uma plataforma de vendas de peças difíceis de serem encontradas.  

Também é dona do Tmall, um site B2C; do Freshippo, que é uma cadeia de supermercados; também de uma empresa de logística, de viagens, além do Alibaba Health – uma plataforma que atua na área de saúde e na indústria farmacêutica. Mas tem outras empresas além destas também.

O Alibaba vale cerca de US$ 600 bilhões. No último tri de 2020, ela gerou US$ 15 bi em fluxo de caixa livre. Seu crescimento médio é de mais de 30% ao ano. Apesar dos números impressionantes, nunca se sabe o que o governo chinês pode fazer. Independente do gigantismo da companhia.

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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