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Ações, FIIs ou criptomoedas: qual é melhor para começar na renda variável?

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Pergunta: Estou em dúvida sobre qual tipo de investimento devo escolher para colocar meu dinheiro na renda variável.

Resposta de Fernando Savioli*:

Se o assunto no qual estamos iniciando um aprendizado, seja ele um esporte ou um investimento, nos expõe de alguma maneira a um risco físico ou um risco financeiro, é prudente que iniciemos essa exposição com o maior nível de controle possível. Dessa maneira, ganhamos confiança enquanto nos acostumamos com o funcionamento daquele esporte ou mercado, vamos exercitando nossa coordenação motora e/ou nosso raciocínio, até que nos sentimos confiantes para dar o próximo passo

Assim, a melhor maneira de iniciar uma exposição à renda variável é começar investindo em fundos de investimento imobiliário, os FIIs, porque a variabilidade dos preços das cotas dos fundos imobiliários – a famosa volatilidade – é significativamente menor que a dos preços das ações e bastante menor que a das criptomoedas. E é mais fácil você se acostumar ao fato de que ativos de renda variável podem apresentar rentabilidades negativas quando elas são menos intensas e menos frequentes.

O segundo ativo para ter em sua carteira de renda variável são as ações. Diferentemente dos FIIs, onde o risco está concentrado nos eventos relativos aos imóveis, as ações trazem consigo o risco do negócio que cada empresa opera e eles podem ser de vários tipos diferentes: capacidade do corpo diretivo, concorrência que enfrenta, eventuais problemas em sua cadeia de fornecedores, tecnologias que podem tornar obsoletos seus produtos etc. Ou seja, as ações são ativos que incorporam mais riscos que os FIIs e essa é, basicamente, a causa da maior volatilidade nos seus preços.

Por último, vem as criptomoedas. É necessário que o investidor entenda como elas funcionam, como podem ser convertidas em outros ativos ou produtos, como competem com as outras criptomoedas e quais razões as levariam a ganhar valor. E, diferentemente dos FIIs e das ações que, além da variação positiva do preço pago, também remuneram os investidores através de dividendos e juros sobre o capital próprio (no caso das ações), o ganho propiciado pelas criptomoedas é baseado única e exclusivamente pela variação positiva do preço pago por elas.

Outra diferença importante: uma carteira diversificada de FIIs e ações tem uma capacidade maior de proteger o investidor, uma vez que os preços das criptomoedas tendem a se movimentar numa mesma direção: em dias de notícias positivas para a classe de ativo, todas as moedas se valorizam de forma intensa e em dias de notícias negativas, todas perdem valor de forma intensa.

O que você deve ter percebido a essa altura é que é muito difícil dominar todos os fundamentos para investir adequadamente em Renda Variável.

Também por esse motivo, utilizar os serviços de gestores profissionais de recursos por meio de fundos de investimentos é uma opção bastante interessante para quase todas as pessoas.

Eles possuem equipes de profissionais que detêm conhecimento e experiência para analisar e decidir diante dos pontos de atenção acima expostos e seu foco está apenas nisso. Já investidores individuais têm suas próprias atividades profissionais e pessoais e não têm o tempo, o conhecimento e os recursos para obterem resultados semelhantes.

*Fernando Savioli é planejador Financeiro da Fiduc.

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