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ESG na Prática

Como garantir execuções perfeitas para criar o valor do negócio?

Como desenvolver metas bem definidas e realistas para que os colaboradores de sua organização realizem o trabalho da melhor maneira.

Mulher em reunião de trabalho com homens
Imagem ilustrativa/Crédito: Envato

Uma boa ideia vale muito pouco se não for bem executada. Ela é apenas uma ideia. Quando uma ideia sai do papel, inicia-se o processo de criação e do plano de ação. Mas isso não é suficiente para poder promover a transformação esperada e gerar bons resultados. Além de um bom plano de ação, é preciso seguir um processo de execução perfeita com disciplina e determinação para que o plano produza os resultados esperados. 

Uma execução mal realizada pode gerar desperdícios, retrabalhos, perda de credibilidade e o fracasso da estratégia de gestão.

Sabemos que a governança corporativa é uma matriz institucional que organiza e estrutura as relações entre sócios, conselhos, órgãos de controle, diretoria e partes interessadas, e que determina e monitora os objetivos perseguidos por uma organização. A adoção dessa prática é fundamental para mitigar conflitos de agência, estabelecer diretrizes, entre outros.

Também proporciona um melhor gerenciamento de riscos, maior transparência de informações financeiras, sistema de compliance mais robusto e maior alinhamento das políticas entre os stakeholders.

Mas a governança corporativa, como qualquer ferramenta ou método de gestão, depende da capacidade da organização de executar as tarefas necessárias para atingir os objetivos propostos. Como explica o livro “Execução: A disciplina para atingir resultados“, de Ram Charan e Larry Bossidy, para uma boa execução é imprescindível haver prestação de contas, metas claras, métodos precisos para mensurar o desempenho e as recompensas certas para as pessoas que apresentarem um bom desempenho.

E uma corporação só consegue executar com eficiência se contar com um líder comprometido e com a devida habilidade para distribuir e delegar tarefas. Não convém que ele seja centralizador e nem autoritário porque assim ele acaba inibindo a iniciativa de seus subordinados. Por outro lado, um líder não pode ser relapso ao ponto de apenas delegar sem acompanhar a evolução dos trabalhos. É preciso que o líder se envolva no desenvolvimento do trabalho, comunicando claramente os objetivos, orientando e suportando o time na execução dos projetos.

Se não for assim, como mensurar os resultados?

No processo de execução é muito importante o cuidado com a comunicação, pois é fundamental que a equipe tenha a clara compreensão do “porquê estamos fazendo” e saber “como executar” as tarefas envolvidas no projeto em questão.

Desenvolva metas definidas e realistas

Qualquer execução depende de metas bem definidas e realistas. É preciso definir como a operação será realizada, quem ou quais pessoas serão responsáveis, acompanhar as ações de cada participante. Se você se limitar a dizer, nossa meta é aumentar o faturamento em 20% sem dizer de que forma e em quanto tempo, fica parecendo mais um desejo do que uma estratégia de crescimento. Sem um plano traçado, cada um vai tentar realizar da sua forma.

Com a estratégia definida tudo muda. A equipe saberá em que direção caminhar para executar da melhor forma possível o plano proposto. Quais produtos têm potencial para vender mais, qual o público-alvo, discurso de vendas a ser adotado, etc. E aí entra outro ponto importante para a perfeita execução, que é o reconhecimento daqueles que apresentarem o melhor desempenho.

Sim, é importante incentivar para que as pessoas envolvidas executem bem. E a premiação tem de ser justa porque se alguém que faz mais se der conta de que está sendo recompensado da mesma forma que o companheiro menos eficiente, a tendência é que seu entusiasmo comece a diminuir.

A princípio, execução parece um tema mais voltado à conclusão de tarefas, mas é muito mais do que isso. A execução está presente em todas as camadas hierárquicas de uma instituição (empresas privadas, públicas, escolas, hospitais, ONGs, serviços profissionais, etc.). Quem não sabe executar é incapaz de seguir as métricas de governança de uma companhia. A boa execução preenche a lacuna entre a liderança e demais colaboradores.

Questões como visão estratégica aguçada, planejamento bem elaborado, plano de ação bem desenhado e execução perfeita formam uma gestão competente. Afinal, como diz Dale Carnegie, “a melhor maneira de nos prepararmos para o futuro é concentrar toda a imaginação e entusiasmo na execução perfeita do trabalho de hoje.”

*Marcos Rodrigues é sócio da BR Rating e da MRD Consulting. C-Level e membro de Conselhos nas áreas de tecnologia, serviços, indústria, saúde, varejo, educação e transporte no Brasil e exterior.

As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação.