Colunistas
Programa da B3 desmistifica o mercado de capitais e cria conexões entre empresas
‘Conexão de Valor’ tem o objetivo de promover a troca de experiências, a discussão de tendências e a indução de melhores práticas nos negócios.
Quem acompanha o noticiário do mercado financeiro de perto, provavelmente notou que nos últimos anos houve um número bastante elevado de novas empresas abrindo capital, fazendo IPO. Isto é: muitas empresas passaram a ter ações negociadas em bolsa de valores.
Além de possibilitar a captação de recursos financeiros, seja para reforço de caixa ou para realizar novos investimentos ou aquisições, a abertura de capital possibilita uma maior visibilidade da empresa perante o mercado, clientes e fornecedores, além de fortalecer as práticas de governança corporativa, promovendo a continuidade do negócio. E para o investidor, a vantagem é que esse movimento aumenta a oferta de empresas e setores para a diversificação de portfólio da carteira.
Entretanto, a abertura de capital não é um processo simples, exige maturidade e governança das empresas. Por isso, a recomendação é que as companhias se preparem previamente não só para o IPO, mas também para o dia seguinte ao IPO, pois ali começa uma nova vida como empresa listada. Afinal, o IPO não é o fim, mas o início de um novo momento da empresa.
Uma nova empresa, uma nova cultura
Abrir o capital é muito mais do que apenas captar recursos com investidores para ampliar os negócios, abrir uma nova fábrica e ter um pool de novos acionistas. A cultura de uma companhia aberta precisa permear toda a organização, desde a liderança até os funcionários, sempre com o objetivo comum de aproveitar melhor os benefícios intangíveis a essa listagem, seja ao trazer as percepções dos investidores e dos analistas como forma de influenciar processos, como também de enxergar que a governança corporativa vai além de somente cumprir uma lista de requisitos.
Para apoiar tanto as empresas que estão se preparando para uma abertura de capital, como aquelas que já são empresas de capital aberto, a B3 desenvolveu o Conexões de Valor, um programa que tem como objetivo criar conexões e conteúdo para promover a troca de experiências, a discussão de tendências e a indução de melhores práticas, aproximando as empresas dos agentes de mercado.
Empresas mais bem preparadas e que contam com um alto nível de governança, rendem benefícios para todo o mercado. A B3 já tem um papel social e educacional importante com o investidor pessoa física, e acredita na importância de também exercer esse papel com as empresas, a fim de orientar e educar os executivos das companhias para que eles conheçam o funcionamento do mercado de capitais, invistam em governança corporativa e possam se beneficiar dos instrumentos do mercado para a expansão e perpetuação do negócio.
Empresas fechadas
Para as empresas fechadas, o Conexões de Valor tem o intuito de desmistificar o assunto e trazer experiências reais de outras empresas sobre a decisão de ingressar no mercado de capitais, a fim de auxiliar as companhias na preparação para a oferta inicial de ações (IPO), além de promover discussões sobre boas práticas de governança corporativa e a agenda ESG.
O programa conta com fóruns de conexões, eventos e outras iniciativas organizadas em trilhas de conhecimento, divididas em cinco pilares: fontes de captação de recursos no mercado de capitais, governança corporativa, dia a dia de uma companhia listada, valor de mercado e melhores práticas.
Empresas listadas
Para as empresas que estão nos primeiros anos de listagem, o programa traz orientação na preparação para as atividades de uma companhia aberta. Já as empresas listadas há mais tempo contam com apoio nas ações de rotina e em discussões de temas relevantes para a evolução dos negócios.
Acreditamos que, ao promover essas interações, estamos também instigando essas empresas a gerarem novas ideias e encurtarem os caminhos em sua jornada de crescimento. E que, conectando boas práticas e oportunidades de negócios, cumprimos nosso papel de oferecer as ferramentas necessárias para ajudar cada vez mais empresas a acessarem o mercado de capitais brasileiro.
Esse movimento é importante porque quanto mais investidores brasileiros começam a investir em ações de empresas de diferentes tamanhos e setores, também estão ajudando a economia do país crescer. Isso porque com o dinheiro captado e a chegada de novos sócios, uma empresa pode expandir sua linha de negócio, abrir novas fábricas e, consequentemente, gerar mais empregos e renda para a população, direta e indiretamente.
*Rafaela Vesterman Araujo é gerente de Relacionamento com Empresas da B3. |
As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação.
Veja também
- O momento da renda fixa para o investidor
- Como se proteger do sobe e desce do dólar?
- Como funciona a tecnologia da bolsa de valores?
- Como investir no agronegócio brasileiro?
- Quais produtos relacionados ao metaverso o investidor pode encontrar na B3?
- Por que o número de investidores da bolsa valores está crescendo tanto?