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Por que o número de investidores da bolsa valores está crescendo tanto?

Só nos últimos 12 meses, 1,5 milhão de novos investidores pessoa física ingressaram no mercado de capitais.

Felipe Paiva | Imagem de divulgação

Muito tem se falado nos últimos anos que o mercado de capitais passou a fazer parte da poupança do brasileiro. Isso porque o número de contas de pessoas físicas com investimento em renda variável cresceu 800% em cinco anos e chegou a marca de 5 milhões de pessoas físicas com contas abertas em corretoras no Brasil.

Só nos últimos 12 meses, por exemplo, 1,5 milhão de novos investidores pessoa física ingressaram no mercado de capitais, um crescimento de 56% na comparação com dezembro de 2020. 

Mas você já parou para entender o que está por trás desses números e como isso tem ajudado a transformar a vida financeira de milhares de brasileiros? 

Cabe no bolso de qualquer investidor

Quando falamos em trazer o mundo dos investimentos para dentro das famílias, estamos falando, antes de qualquer coisa, em disciplina financeira, consumo consciente, controle das despesas e objetivos definidos para curto, médio e longo prazo. 

Não é exatamente uma fórmula matemática pronta que você aplica e espera o resultado chegar, mas um conjunto de ações que, praticadas com disciplina, podem ser decisivas para transformar qualquer brasileiro em investidor.

Uma dúvida que sempre surge para quem está pensando em dar seus primeiros passos no mercado é: ‘dá para começar com pouco dinheiro‘? A resposta é sim, o que faz cair por terra aquele velho mito que investir em bolsa não é para todos. Um levantamento recente feito pela B3 mostra que a mediana (comportamento da maior concentração da base de investidores) do primeiro investimento é de R$ 44, menor valor desde janeiro de 2014. E pensar que no início de 2021 esse valor era de R$ 1.500. 

Destaco aqui também que, mesmo entrando com valores menores, as pessoas físicas ganham o hábito de investir e acumulam com o tempo, tanto é que o saldo mediano em carteira fica em torno de R$ 3 mil. Ou seja, começam com algo em torno de R$ 40 e o saldo em portfólio sobe para, em média, R$ 3 mil, o que mostra frequência em operar na bolsa.

Cada vez mais investidores jovens na bolsa

O crescimento no número de jovens investidores também vem chamando a atenção. O número de jovens investidores tem chamado a atenção, pois a faixa etária de 19 a 39 anos representa 60% dos investidores. Facilidade de acesso a diferentes produtos, novas tecnologias e disseminação de conteúdos sobre educação financeira e investimentos com linguagem descomplicada ajudaram a atrair esse público para a B3.

Se os números mostram a evolução e uma nova realidade para o mundo dos investimentos de um lado, esses mesmos números mostram também as oportunidades que temos para seguir avançando: o número total de pessoas físicas na B3 somando renda fixa e renda variável ultrapassa a marca de 13 milhões, sendo que 62% desses investidores possuem apenas títulos de renda fixa, como tesouro direto e CDB. 

Há espaço, portanto, para esses mercados caminhem juntos. O nome disso é diversificação e deve ser colocado em prática sempre. Diversificar produtos, mercados, moedas, setores, riscos associados. 

Dá para seguir com investimentos em renda fixa no seu portfólio e conhecer e experimentar diferentes produtos também na renda variável, como ações, fundos de índices, papeis de empresas e índices globais (BDRs e BDRs de ETFs), fundos focados no agronegócio (Fiagro), além de se aproximar das empresas brasileiras, tornando-se sócio e participando da expansão de uma marca que você não apenas gosta como também se identifica com os valores pregados por ela. 

Se eu pudesse terminar dando uma única dica para cada brasileiro interessado no mundo das finanças é esse: comece. Não importa com quanto. Não importa com qual produto. Trace seus objetivos, procure uma corretora ou seu banco, tenha disciplina e não adie em nem mais um dia o início desse movimento que pode te ajudar a construir a independência financeira e a estabilidade da sua vida e da sua família. 

É preciso educação financeira, disciplina e uma gestão qualificada de portfólio. Um mercado de capitais mais forte é construído quando temos um investidor mais informado, que entende a importância da diversificação e da educação financeira na sua jornada. Visite o Hub de Educação da B3 e conheça mais. 

*Por Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoa Física da B3.

As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação. 

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