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Retrospectiva: os principais fundos listados na B3 em 2021

Um dos principais focos da B3 em 2021 foi ampliar o conhecimento e a variedade de produtos para que o investidor pudesse diversificar cada vez mais sua carteira.

Raphael Saleme, superintendente de Relacionamento com Clientes da B3.

Com a virada do ano se aproximando, chega o momento de relembrar as conquistas, os desafios que se transformaram em oportunidades e as lições aprendidas que levaremos para o novo ano que está chegando.

Já virou moda compartilhar a retrospectiva das músicas mais ouvidas, dos posts que ganharam mais destaques e das fotos mais curtidas nas redes sociais. Mas que tal aproveitarmos o momento e prepararmos uma retrospectiva um pouco diferente, olhando as oportunidades de investimento que surgiram ou se destacaram em 2021 na B3

Um dos principais focos da B3 em 2021 foi ampliar o conhecimento e o leque de produtos para que esse investidor pudesse diversificar cada vez mais sua carteira na hora de investir.

Saímos de 1,5 milhão de investidores em 2019, passamos por 3,2 milhões em 2020 e fecharemos o ano de 2021 com mais de 4,8 milhões de contas de pessoas físicas com investimentos em renda variável na bolsa. 

Cada vez mais atento às oportunidades, vimos que esses investidores também foram se educando e aprimorando seus conhecimentos sobre os produtos oferecidos e as novidades que surgiram ao longo do ano para suas estratégias de investimentos pensando no longo prazo.

BDRs

Essas três letras estão bem fresquinhas na cabeça de muitos investidores brasileiros. Isso porque recentemente o Nubank começou a negociar seus BDRs na bolsa do Brasil (NUBR33) e vimos disparar o interesse dos investidores para entender um pouco mais sobre o que é e como funciona esse tipo de investimento.

Os BDRs, Brazilian Depositary Receipts, são certificados negociados na B3 que representam ações de empresas ou cotas de ETFs emitidos em outros países. Hoje, os investidores brasileiros podem, por exemplo, investir em empresas como, Mercado Livre (MELI34), Apple (AAPL34), Amazon (AMZO34), Google (GOGL34), Facebook (FBOK34), e em ETFs referenciados à índices de outros países e regiões, sem precisar sair do Brasil ou enviar dinheiro para fora, com a segurança e transparência de fazer isso em um ambiente regulado como o da B3.

Atualmente, a B3 conta com mais de 800 BDRs listados (entre BDRs de ações e BDRs de ETFs). Ao final de novembro, eram mais de 318 mil investidores pessoa física com posição em custódia do produto, representando 18% do estoque ou quase R$ 6 bilhões investidos. Se olharmos a média diária de negócios, os números impressionam ainda mais: o ADTV praticamente quadriplicou de 2020 para 2021, muito por conta da flexibilização da regra para o varejo, saltando de R$ 124 milhões no final de 2020 para R$ 475 milhões até o final de novembro de 2021. 

ETFs

Os ETFs (Exchange Traded Funds) são fundos de investimentos negociados em bolsa que replicam o desempenho de um índice de referência nacional, como o Ibovespa B3, ou internacional, como o S&P 500. Com o ETF, o investidor pode realizar investimentos em diversas empresas, renda fixa ou setores globais, com praticidade, transparência e eficiência, como quando escolhe comprar uma ação na bolsa brasileira.

Em um trabalho intenso que realizamos com nossos clientes, ao longo de 2021 lançamos mais de 35 novos ETFs, sendo 26 deles internacionais. Atualmente, estamos com 63 ETFs listados aqui na B3, sendo eles 51 ETFs referenciados a índices de renda variável, 7 ETFs de índices de renda fixa e 5 ETFs de criptoativos. 

De fato, os ETFs caíram no gosto dos investidores. No primeiro semestre do ano, o número de investidores brasileiros em ETFs saltou de 242 mil para mais de 493 mil investidores, representando um crescimento de 104%. A média diária também mais do que dobrou em dois anos, com um volume médio negociado de R$ 1,6 bilhão. 

E uma das novidades que impulsionaram ainda mais a curiosidade pelo produto foi o lançamento, em abril, do ETF de cripto no Brasil. O HASH11, primeiro de cripto na B3, foi o quinto ETF mais negociado em novembro, atrás apenas do BOVA11, BOVV11, SMAL11 e IVVB11. Hoje, são 5 ETFs referenciados a criptoativos na bolsa, o HASH11, o QBTC11, o BITH11, o QETH11, e o ETHE11 e mais de 155 mil investidores. 

Além de tudo, lançamos, em conjunto com o mercado, o site www.etf.com.vc que tem o propósito de contribuir com a educação do investidor que se interessa pelo produto e deseja comparar as diferentes características dos ETFs e dos BDRs de ETF. Isso porque temos aqui na B3 um papel fundamental de ajudar o investidor a entender a dinâmica de negociação dos produtos para que ele consiga tomar as decisões de acordo com seus objetivos de investimento, composição de sua carteira e perfil de risco. 

FII 

Hoje, a B3 possui mais de 380 fundos listados, com patrimônio líquido superior a R$ 167 bilhões, que negociam em média R$ 273 milhões por dia e possuem mais de 1,5 milhão de pessoas físicas como cotistas. Só em 2021, foram lançados 71 novos FIIs.

Os FIIs são uma forma simples, acessível e eficiente de investir em ativos imobiliários, que podem ser imóveis ou títulos de renda fixa ou variável com lastro (garantia) em imóveis. As cotas negociadas na B3 geralmente custam menos de R$ 200 e podem ser fundos de tijolo, que são os que efetivamente compram imóveis inteiros ou parte deles, como shoppings e galpões de logística, os fundos de papel que investem principalmente em CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários), LIG (Letra Imobiliária Garantida) e LCI (Letra Imobiliária Garantida) e os FOF (fund of funds, em inglês), que compram majoritariamente cotas de outros fundos imobiliários. 

Fiagro e FI-Infra 

Em 2021, tivemos a estreia de um novo produto. Com a chegada dos Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais, o Fiagro, ampliamos ainda mais nossa oferta de produtos voltados ao agronegócio e passamos a oferecer novas possibilidades de diversificação ao investidor, facilitando a sua exposição à agroindústria, setor tão relevante para a economia brasileira, com a facilidade de ter uma gestão profissionalizada dos fundos, a exemplo do que acontece no mercado imobiliário. Atualmente, já possuímos 2 desses fundos listados aqui na B3 para que todos os tipos de investidores possam negociá-los. A tendência é que, em 2022, esse número cresça ainda mais.

Os fundos classificados como FI-Infra, que são aqueles que seus ativos são relacionados à captação de recursos para investimentos em infraestrutura, também foram um sucesso entre os investidores. Nossa prateleira, contempla 7 fundos disponíveis à negociação e 2 já estão em fase final para início de negociações.

Viu só quantas novidades por aqui? Mas se tem algo em comum a todos esses lançamentos foi a possibilidade de os investidores ampliarem o leque de opções para diversificarem seu portfólio. Vale lembrar que em 2016 tínhamos na bolsa uma base muito concentrada em ações (78%). Porém, a partir de 2020 e com mais intensidade em 2021, metade da base passou a ter posição em mais de um produto, como ETFs e FIIs, o que corrobora que as pessoas estão cada vez mais buscando novas alternativas de investimentos. 

Que em 2022 a B3 siga trabalhando em prol do seu propósito de ajudar a desenvolver o mercado de capitais do Brasil e, consequentemente, ajudar a nossa economia a crescer. E isso acontece quando conseguimos oferecer produtos e serviços que ajudem o investidor a percorrer sua jornada no mundo dos investimentos. Para ficar por dentro e aprender cada dia mais sobre o mercado e os produtos da B3, acesse o Hub de Educação da B3.

Boas festas e que 2022 seja de muitas conquistas!

*Raphael Saleme é superintendente de Relacionamento com Clientes da B3.

As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação. 

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