1 – Conselho da Petrobras considera inelegíveis dois indicados ao novo colegiado
O Conselho de Administração da Petrobras (PETR4) considerou inelegíveis as indicações de Sergio Machado Rezende e Pietro Adamo Sampaio Mendes para compor o novo colegiado da estatal, segundo informações do manual para participação dos acionistas na Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada em 27 de abril.
O documento, divulgado na noite de segunda-feira, afirma que o Conselho considerou Rezende inelegível para membro do “board”, acompanhando a conclusão do Comitê de Pessoas da Petrobras (COPE), que havia apontado que o indicado não preenche os requisitos necessários previstos no Estatuto Social da Petrobras por ser membro titular do Diretório Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB).
No caso de Mendes, o Conselho o considerou, por maioria, inelegível para membro e presidente do colegiado.
O COPE, por sua vez, havia opinado que Mendes preenche os requisitos necessários desde que confirmada a sua renúncia formal e juridicamente perfeita ao cargo de Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível do Ministério de Minas e Energia e mantida a sua condição de servidor licenciado, afastado ou cedido da ANP.
O Conselho da Petrobras se reuniu em 22 de março, quando também avaliou e considerou elegíveis as indicações de Suzana Kahn Ribeiro, Bruno Moretti e Vitor Eduardo de Almeida Saback ao “board” da companhia.
2 – Ministro critica modelo de privatização da Eletrobras
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse na segunda-feira (27) que o modelo de privatização da Eletrobras (ELET3) foi injusto e considera que o novo formato de corporação não atende ao mínimo de segurança estratégica. Silveira ressaltou, no entanto, que a nova natureza jurídica da empresa está consolidada, mas que o governo tem o direito de judicializar a questão.
“Acho que quem tem 40% das ações não pode ter um conselheiro em nove. Então é um modelo de corporação que não atendeu, na minha opinião, o mínimo de segurança estratégica ao povo brasileiro”, disse no evento Arko Conference 2023, organizado pela empresa de análise política Arko Advice.
“Eu posso afirmar que, na minha visão, nos modelos de corporações que eu conheço, tanto no Brasil quanto no mundo foi um modelo injusto. A nossa golden share [ação preferencial que permanece com o governo após a privatização] é vergonhosa. Ela não serve para absolutamente nada. Ela não dá nenhuma estabilidade, nenhuma segurança a esse grande setor estratégico de energia”, disse Silveira.
O ministro, no entanto, reafirmou que a privatização da companhia está consolidada, que passou pelos trâmites do processo de venda.
“Para deixar bem claro, eu entendo que isso [a privatização] é fato, está consolidado, passou pelo Congresso Nacional, virou uma lei. E portanto, eu, como ministro de Minas e Energia, eu tenho que tratar a Eletrobras reconhecendo que ela é uma empresa que, apesar dos senões que eu tenho como cidadão, da sua privatização, é uma empresa que foi privatizada”, disse.
O ministro ressaltou, no entanto, que é uma decisão de governo questionar na Justiça o processo de privatização. “Para mim, não é que a página esteja virada. As discussões podem acontecer”, disse. “A judicialização ou não depende de uma decisão de governo. E a judicialização, o resultado dessa judicialização, ninguém pode prever”.
A Eletrobras detém cerca de 50% da transmissão de energia do país e aproximadamente 36% da geração nacional.
3 – Alibaba vai se dividir em seis unidades e buscar IPOs
O grupo chinês Alibaba (BABA34) planeja dividir seus negócios em seis unidades principais, abrangendo desde comércio eletrônico a computação em nuvem, na maior reestruturação de seus 24 anos de história. O grupo anunciou ainda que vai buscar abrir o capital de cinco das seis unidades.
As seis unidades são Cloud Intelligence Group, Taobao Tmall Commerce, Local Services Group, Cainiao Smart Logistics Group, Global Digital Commerce Group e Digital Media and Entertainment Group, afirmou a companhia.
Cada uma das seis empresas será administrada por seu próprio presidente-executivo e conselho de administração.
Daniel Zhang continuará atuando como presidente-executivo do Alibaba Group, que seguirá um modelo de holding. Zhang também vai atuar simultaneamente como presidente-executivo da Cloud Intelligence Group.
Cada grupo empresarial e outros investimentos manterão a flexibilidade para levantar capital externo e buscar ofertas públicas iniciais de ações (IPOs), disse o Alibaba, com exceção do Taobao Tmall Commerce Group, que administra os negócios de comércio na China e continuará sendo uma unidade de controle integral pela Alibaba.
As ações da Alibaba nos Estados Unidos subiram até 8% após o anúncio.
A notícia da reestruturação chega um dia depois que o fundador do Alibaba Jack Ma foi flagrado em uma escola primária em Hangzhou, marcando sua primeira aparição pública na China continental em mais de um ano.
Ma deixou a China no final de 2021 no momento em que as autoridades do país lançaram uma campanha de fiscalização sobre o setor de tecnologia chinês.
Com Reuters e Agência Brasil
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