Economia

5 fatos para hoje: futuro do Bolsa Família e euforia com Ibovespa

Com popularidade em queda, Bolsonaro prepara o anúncio de reformulação do programa social.

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1- Economia defende auxílio mais enxuto como ponte para novo Bolsa Família

Com popularidade em queda e manifestações nas ruas contrárias a seu governo, o presidente Jair Bolsonaro prepara o anúncio de uma prorrogação do auxílio emergencial e da reformulação do programa Bolsa Família. Dentro da área econômica, há quem defenda que a ajuda seja estendida de maneira mais enxuta, como uma “ponte” até o lançamento da nova política social permanente do governo.

O auxílio emergencial beneficia hoje 39,1 milhões de brasileiros, com parcelas em valores de R$ 150 a R$ 375. No desenho atual, a última parcela é prevista para julho deste ano.

Segundo apurou o “Estadão/Broadcast”, a discussão da prorrogação do auxílio está avançada no governo e deve ocorrer por medida provisória. Há uma “sobra” de recursos dentro dos R$ 44 bilhões já destinados à nova rodada do auxílio emergencial que pode ser usada na prorrogação do programa. Uma ala entende que os recursos restantes para as parcelas adicionais podem ser bancados por meio de crédito extraordinário, fora do teto de gastos (regra que limita o avanço das despesas à inflação), já que a pandemia tem se prolongado.

A necessidade de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para isso, aventada anteriormente, perdeu força porque esse tipo de crédito já fica fora do teto, e há espaço na meta fiscal (que permite rombo de até R$ 247,1 bilhões no ano) para acomodar o gasto adicional.

Outra ala da equipe econômica, porém, defende que essa “ponte” até o lançamento do novo Bolsa Família seja feita com recursos limitados até o teto de gastos. Essa alternativa poderia resultar em um novo “enxugamento” no número de famílias atendidas hoje pelo programa.

Um obstáculo a essa alternativa, no entanto, é a ausência de espaço no teto. A equipe econômica conseguiu autorização para desbloquear R$ 4,8 bilhões dentro do limite e já há disputa por esses recursos.

2- Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA ficam abaixo de 400 mil

O número de norte-americanos entrando com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu para menos de 400 mil na semana passada pela primeira vez desde que a pandemia começou, há mais de um ano, apontando para um fortalecimento do mercado de trabalho nos Estados Unidos.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 385 mil em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 29 de maio, contra 405 mil na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.

Esse valor é o mais baixo desde meados de março de 2020, quando foram adotadas medidas como o fechamento obrigatório de negócios não essenciais para desacelerar a primeira onda de infecções por coronavírus.

3- Bolsa vive euforia e especialistas falam em 145 mil pontos

Surpresa positiva da economia, o crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deve impulsionar ainda mais a Bolsa até o fim do ano, sobretudo os papéis das empresas domésticas. Até agora, quem vinha dando tração ao Ibovespa (principal índice da B3) eram as companhias exportadoras de commodities, alavancadas principalmente pelas compras chinesas.

Juntos, esses dois movimentos podem fazer o Ibovespa chegar a 145 mil pontos no fim do ano – um aumento de 22% em 12 meses -, de acordo com as estimativas mais otimistas do mercado.

É preciso lembrar, entretanto, que as ações são investimentos de risco, com preços voláteis, e o cenário pode mudar rapidamente. Por enquanto, a alta acumulada é de 8,9%. Na quarta-feira, a Bolsa subiu 1,04% e terminou o dia com 129.601,44 pontos, nova máxima histórica.

A tendência de alta no Ibovespa começou a se solidificar em abril, após um período conturbado no mercado financeiro nacional. Em apenas dez dias no fim de fevereiro – quando o presidente Jair Bolsonaro anunciou a mudança no comando da Petrobras, assustando os investidores -, o indicador perdeu 10 mil pontos, com uma retração de 8,6%. A queda brusca exemplifica o comportamento volátil e de risco da Bolsa. Se não houver novos sustos (e eles são frequentes), os analistas apostam em um fortalecimento da Bolsa nos próximos meses semelhante ao de abril e maio.

O Bradesco BBI projeta oficialmente um Ibovespa na casa dos 135 mil pontos em dezembro. Mas a tendência é de alta, segundo André Carvalho, estrategista de ações para a América Latina e chefe de análise de empresas do banco. “Hoje eu diria que 140 mil pontos para a Bolsa no fim do ano parece até conservador nesse cenário de PIB.”

Há pouco mais de 15 dias, o Bradesco BBI estimava que o Ibovespa encerraria 2021 com 130 mil pontos. A alteração da previsão ocorreu antes de o PIB do primeiro trimestre ser divulgado, na terça-feira.

4- Twitter anuncia lançamento de novo serviço de assinatura mensal paga

O Twitter anunciou nesta quinta-feira, 3, que está lançando um novo serviço que prevê o pagamento de assinatura mensal pelos usuários, o Twitter Blue. Segundo comunicado da empresa, o lançamento ocorre nesta quinta no Canadá e na Austrália e a ideia é que se expanda para outros mercados nos próximos meses. O custo inicial do serviço será de 3,49 dólares canadenses (US$ 2,90) por mês e 4,49 dólares australianos (US$ 3,48) por mês, respectivamente.

Com a proposta, a empresa abre espaço para que os usuários organizem tweets salvos em pastas, definam um cronômetro de até 30 segundos para desfazer os tweets após o envio, além de oferecer um novo “Modo Leitor”, que facilita a leitura de sequências de tweets conectados, as chamadas threads.

O Twitter disse que a versão gratuita do site vai continuar funcionando, mas o serviço dá aos usuários uma opção de acessar recursos mais avançados na utilização da plataforma.

5- JBS diz que todas as instalações globais estão operacionais após ataque cibernético

A JBS informou nesta quinta-feira que todas as suas instalações globais estão totalmente operacionais depois que um “ataque cibernético criminoso” em 30 de maio provocou a suspensão de muitas de suas operações nos Estados Unidos e na Austrália.

A JBS USA e sua subsidiária Pilgrim’s Pride conseguiram limitar a perda para menos de um dia de produção, disse a empresa em um comunicado.

Um famoso grupo hacker ligado à Rússia está por trás do ataque, que interrompeu a produção de carne da companhia na América do Norte e na Austrália, segundo uma fonte familiarizada com o assunto.

A secretária de Imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse na quarta-feira que o ataque à JBS deverá ser discutido em uma cúpula com o presidente russo, Vladimir Putin, em meados de junho.

(*Com informações de Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

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