A Volkswagen anunciou que vai começar a retomar operações em suas fábricas europeias já a partir da próxima semana, após suspendê-las por um mês numa tentativa de conter a disseminação do novo coronavírus. A primeira fábrica a ser reativada será a de Zwickau, no leste da Alemanha, no dia 20.

Outras unidades europeias da montadora alemã, incluindo as de Wolfsburg, Bratislava, Portuga

Outras unidades europeias da montadora alemã, incluindo as de Wolfsburg, Bratislava, Portugal, Espanha e Rússia, assim como fábricas em outras partes do mundo, como África do Sul, Argentina, Brasil e México, deverão voltar a produzir em maio.

As fábricas da China, onde a Volkswagen gera cerca de 40% de suas vendas anuais, voltaram à atividade em fevereiro e estão operando a cerca de 60% de sua capacidade pré-crise, segundo um porta-voz da empresa.

2 – G20 concorda suspender dívida de países mais pobres

Os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 concordaram nesta quarta-feira (15) em suspender os pagamentos do serviço da dívida dos países mais pobres, de acordo com comunicado conjunto após o encontro virtual. O grupo defende uma abordagem coordenada sobre o tema, em meio à pandemia global de coronavírus.

Em entrevista coletiva após o evento, o ministro das Finanças da Arábia Saudita, Mohammed al-Jadaan Said, disse que a decisão de hoje de congelar tanto pagamentos do principal quanto de juros liberará mais de US$ 20 bilhões, dinheiro que poderá ser usado para reforçar os sistemas de saúde e ajudar no quadro econômico. O G20 recomenda em seu comunicado que os credores privados adotem a mesma medida “em termos comparáveis”, diante da situação.

O ministro saudita afirmou ainda que o grupo estava determinado a superar a pandemia, salvaguardar empregos e a renda, bem como garantir a resiliência dos sistemas financeiros. A Arábia Saudita é a presidente de turno do G20.

3 – Dívida bruta do País vai a 98,2% do PIB, diz FMI

A recessão mundial, e os esforços fiscais adotados pelos países para conter a pandemia desencadeada pelo coronavírus e seus impactos na economia farão com que a dívida bruta cresça ao redor do mundo, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

No Brasil, a previsão é de que saia do patamar de 89,5% do PIB estimado em 2019 para 98,2% do PIB neste ano, segundo o último Monitor Fiscal do Fundo, divulgado na quarta-feira (15). Em outubro, a previsão do Fundo era de que a dívida bruta do País chegasse a 93,9% do PIB em 2020, e só passasse a cair a partir de 2023.

O FMI estima que o Brasil gastou até agora 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) com as respostas à pandemia de coronavírus, com “expansão de programa de transferência de renda e alívio temporário de impostos”. Os países do G7, em comparação, formado pelas potências, Estados Unidos e Alemanha, anunciaram pacotes fiscais de resposta aos efeitos do vírus que correspondem a 5,9% de suas economias. O países do G20 gastaram 3,5% do PIB.

4 – Senado aprova texto-base do ‘orçamento de guerra’ em 1º turno

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do “Orçamento de Guerra” passou pelo primeiro teste no Senado. O texto-base da medida foi aprovado em primeiro turno por 58 votos contra 21. Uma segunda votação será necessária e deverá ocorrer na sexta-feira (17). Se for aprovado, deve voltar à Câmara porque o conteúdo foi alterado.

A proposta cria uma espécie de orçamento paralelo para segregar as despesas emergenciais que serão feitas para o enfrentamento do novo coronavírus. A mudança vai vigorar durante o estado de calamidade pública, ou seja, até 31 de dezembro deste ano. Nesse período, o governo poderá descumprir a chamada regra de ouro, que proíbe o Executivo de se endividar para pagar as despesas correntes.

O Senado limitou o poder de fogo dado ao Banco Central para comprar dívidas de empresas durante a crise. Além disso, os senadores resolveram deixar as decisões do “orçamento de guerra” só com o governo do presidente Jair Bolsonaro.

5 – MP posterga pagamento de taxas para teles

O governo federal publicou nesta quarta-feira (15) a Medida Provisória 952, que prorroga o prazo para pagamento de tributos incidentes sobre a prestação de serviços de telecomunicações. Juntas, essas taxas somam R$ 3,4 bilhões.

As taxas são a Taxa de Fiscalização de Funcionamento, Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica (Condecine) e Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública (CFRP). As parcelas serão corrigidas apenas pela taxa Selic, sem incidência de multa ou juros adicionais.

O prazo de pagamento vencia em 31 de março, mas foi prorrogado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) até 15 de abril, sem cobrança de juros nem multa, à espera da edição da MP.

*Com Estadão Conteúdo