Economia

Brasil liderou perda de milionários em 2020

Na contramão, o mundo ganhou 5 milhões deles; EUA lidera ranking da riqueza.

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O Brasil foi o país que mais perdeu milionários em 2020, na contramão do mundo que ganhou 5 milhões deles, aponta o relatório Global Wealth Report 2021 do banco Credit Suisse.

Em 2020, a pandemia e a crise deixaram 108 mil brasileiros menos ricos. Segundo a pesquisa, até o final do ano passado 207 mil adultos brasileiros tinham um patrimônio inferior a US$ 1 milhão.

Na segunda posição dos que mais empobreceram está a Índia, o país registrou uma perda de 66 mil milionários em 2020. Até o final do ano passado, o número de indianos com patrimônio inferior a US$ 1 milhão era de 698 mil.

Na terceira posição tem outro país emergente, a Rússia que perdeu 44 mil milionários em 2020.

Na contramão, os países que mais enriqueceram foram: Estados Unidos, Alemanha e Austrália.

Os Estados Unidos ganharam 1,730 milhão de novos milionários em 2020. Na Alemanha, 633 mil adultos passaram a integrar o grupo com patrimônio acima de US$ 1 milhão e na Austrália foram 392 mil novos milionários até o final do ano passado.

Ainda entre os países que ganharam mais milionários na crise estão: Japão, França, Reino Unido, China, Canadá, Holanda e Itália. Cerca de um terço dos novos milionários vieram dos Estados Unidos.

Segundo o Credit Suisse, a riqueza global das famílias teve um crescimento de US$ 28,7 trilhões em 2020. No final do ano passado, esta riqueza totalizou US$ 418,3 trilhões.

A riqueza por adulto aumentou 6% e chegou a um novo recorde de US$ 79.952.

De acordo com o banco, o patrimônio dos ricos foi inflado pela ação de governos e bancos centrais que injetaram recursos na economia ajudando o mercado financeiro a recuperar as perdas do final de junho.

Desta forma, o preço das ações atingiu recordes no final de 2020. O valor dos imóveis também contribuiu com o aumento de taxas, ampliando as riquezas das famílias no mundo.

E a depreciação do dólar americano foi favorável para estes ganhos, contudo no Brasil ocorreu o efeito contrário pela desvalorização do real frente ao dólar.

Desigualdade

Em 2020, apenas 56 milhões de pessoas tinham um patrimônio superior a US$ 1 milhão. Estes representavam 1,1% dos adultos do mundo.

Na base da pirâmide da riqueza, 55% da população adulta (2,9 bilhões de pessoas) tinha um patrimônio inferior a US$ 10 mil em 2020.

Enquanto, 32,8% dos adultos (1,715 bilhão de pessoas) fechou o ano passado com um patrimônio entre US$ 10 mil e US$ 100 mil. Este grupo se triplicou desde 2000, quando 507 milhões de pessoas estavam neste patamar.

O Credit Suisse acredita que, apesar do impacto da pandemia, o mundo deve apresentar um crescimento robusto do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos anos. Em consequência, a riqueza global também deve experimentar um crescimento de 39% até 2026.

Os países de renda baixa e média serão responsáveis por 42% do aumento desta riqueza global.

Veja também: Quem são os 11 novos bilionários brasileiros na lista da Forbes em 2021

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