Economia
Ibovespa fecha em queda com aversão ao risco global; dólar sobe
No acumulado da semana, o indicador registrou alta de 1,39% e a moeda norte-americana, perda de 1,41%.
O Ibovespa fechou em queda consistente nesta sexta-feira (13), diante de aversão ao risco global em meio ao conflito no Oriente Médio e a preocupações econômicas, e também influenciado por um ajuste local no retorno do feriado. O dólar, por sua vez, subiu.
No dia, o Ibovespa recuou 1,11%, aos 111.754 pontos. Já na semana, o indicador acumulou alta de 1,39%. O dólar subiu 0,78%, negociado a R$ 5,0885, e no acumulado da semana registrou perda de 1,41%.
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Cenário externo
Os preços ao consumidor dos EUA aumentaram em setembro em meio a custos mais altos de aluguel e gasolina, mas a inflação subjacente está desacelerando, apoiando as expectativas do mercado financeiro de que o Federal Reserve não aumentará as taxas de juros no próximo mês.
O índice de preços ao consumidor aumentou 0,4% no mês passado, informou o Departamento do Trabalho na quinta-feira (12). O CPI subiu 0,6% em agosto, o que foi o maior aumento em 14 meses.
Nos 12 meses até setembro, o CPI avançou 3,7%, depois de aumentar pela mesma margem em agosto. Os preços ao consumidor ano a ano caíram de um pico de 9,1% em junho de 2022.
Economistas consultados pela Reuters previram que o CPI ganharia 0,3% e subiria 3,6% no comparativo anual.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o CPI subiu 0,3%. O núcleo do IPC subiu 4,1% em setembro em relação ao ano anterior, após avançar 4,3% em agosto.
A inflação permanece acima da meta de 2% do Fed, 18 meses depois de o banco central dos Estados Unidos começar a elevar as taxas de juros.
Bolsas mundiais
Wall Street
Os índices S&P 500 e Nasdaq fecharam em queda nesta sexta-feira, conforme dados fracos sobre a confiança do consumidor norte-americano e o conflito no Oriente Médio desestimularam apostas mais arriscadas e ofuscaram balanços trimestrais positivos de alguns dos maiores bancos dos Estados Unidos.
O Dow Jones subiu 0,12%, para 33.670,29 pontos. O S&P 500 perdeu 0,50%, para 4.327,78 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq caiu 1,23%, para 13.407,23 pontos.
No entanto, na semana, o S&P 500 registrou um ganho de 0,45%, seu segundo avanço semanal consecutivo. O Nasdaq caiu 0,18% na semana. O Dow Jones apresentou um ganho de 0,79%, interrompendo uma série de duas semanas de perdas.
Europa
As ações europeias caíram nesta sexta-feira, acompanhando a aversão a risco nos mercados globais e o aumento nos preços de energia, que alimentou preocupações com as pressões inflacionárias persistentes, embora o índice de referência do continente tenha registrado ganhos na semana.
- Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,59%, a 7.599,60 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,55%, a 15.186,66 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,42%, a 7.003,53 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,90%, a 28.237,02 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,10%, a 9.232,90 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,73%, a 6.043,16 pontos.
Ásia e Oceania
As ações chinesas fecharam em baixa nesta sexta-feira, depois que dados de preços ao consumidor sugeriram que a demanda doméstica ainda está sob pressão, embora os dados de exportação tenham sido melhores do que o esperado.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,55%, a 32.315,99 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 2,33%, a 17.813 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,64%, a 3.088 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,05%, a 3.663 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,95%, a 2.456 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,26%, a 16.782 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 1,02%, a 3.185 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,56%, a 7.051 pontos.
(*Com informações da Reuters.)
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