As discussões reforçam o avanço da diplomacia americana sobre minerais estratégicos, em um momento em que Washington e Brasília negociam a retirada das tarifas de 50% impostas pelo governo Donald Trump às exportações brasileiras.
De acordo com uma das fontes, executivos da St George Mining, que desenvolve um projeto de terras raras e nióbio em Minas Gerais, participaram do encontro com Escobar. O diplomata também se reuniu com dirigentes do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), entre eles o diretor de Assuntos Minerários, Julio Nery, que confirmou sua presença no evento.
“Ele já esteve em reunião com o Ibram três ou quatro vezes recentemente e pediu uma nova agenda com o presidente Raul Jungmann durante a Exposibram”, afirmou Nery.
A aproximação dos EUA com o setor mineral brasileiro ocorre no contexto de uma disputa global por minerais críticos, dominada pela China — que concentra cerca de 70% da produção e 100% do refino de terras raras pesadas.
O Brasil possui a segunda maior reserva mundial desses elementos, com empresas estrangeiras como Aclara, Meteoric Resources, Brazilian Rare Earths e Serra Verde entre os principais players.
O interesse americano, segundo fontes do setor, pode incluir parcerias de longo prazo para garantir o fornecimento e reduzir a dependência chinesa. Uma eventual cooperação bilateral sobre minerais estratégicos é vista como moeda de troca nas tratativas comerciais entre os dois países.