A dívida do governo do Japão irá superar 1,1 quatrilhão de ienes (US$ 8,47 trilhões) pela primeira vez no final do ano fiscal em março de 2027, já que o país continua fortemente dependente de endividamentos.
Mesmo assumindo um cenário otimista em que a terceira maior economia do mundo cresça 3% ao ano em termos nominais, a dívida continuaria a crescer para pouco menos de 1,2 quatrilhão de ienes no final do período de previsão que termina em março de 2033, mostrou o documento.
A estimativa destaca a péssima situação fiscal do Japão, que deve piorar ainda mais com o governo do primeiro-ministro, Fumio Kishida, planejando grandes aumentos nos gastos com defesa.
Em consultas políticas anuais com o Japão, o Fundo Monetário Internacional insistiu nesta quinta-feira ao governo que coloque a questão fiscal em ordem, aumentando impostos e reduzindo gastos.
“Nossa mensagem geral é que qualquer aumento nos gastos deve ser enfrentado com um aumento nas receitas. Isso é importante dado o nível muito elevado da dívida em relação ao PIB do Japão”, disse a primeira vice-diretora-gerente do FMI, Gita Gopinath, em entrevista coletiva.
Refletindo a dívida crescente, os pagamentos de juros quase dobrariam de 8,6 trilhões de ienes no ano fiscal de 2023 para 17,1 trilhões de ienes no final do período de previsão, mostra o esboço da estimativa do governo.
O governo apresentará a estimativa ao Parlamento como referência para os debates dos parlamentares sobre o orçamento do próximo ano fiscal.
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