
Duas semanas antes da chegada de Milton, na passagem do furacão Helene, os bombeiros da Flórida registraram 48 incêndios causados por itens do gênero, dos quais 11 foram relacionados a veículos elétricos.
O chefe da corporação, Jimmy Patronis, pediu aos proprietários de carros, patinetes, hoverboards, carrinhos de golfe e brinquedos movidos a esse tipo de bateria que colocassem os veículos e itens em locais mais elevados para evitar o risco de ficarem submersos em água salgada.
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“Os moradores da Flórida que possuem veículos elétricos correm o risco de que esses veículos sejam inundados por tempestades de água salgada, o que representa uma ameaça perigosa de incêndio”, afirmou Patronis. O chefe dos bombeiros classificou os veículos e dispositivos como “bombas-relógio” diante da passagem do furacão Milton.
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Os bombeiros recomendaram aos proprietários levarem os carros a locais mais elevados com risco menor de inundações. Água salgada representa um risco porque o sal conduz eletricidade e pode causar um curto circuito. Nessa situação, a bateria começa a esquentar e, eventualmente, pegar fogo.
A National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) tem pesquisado esse fenômeno desde que os veículos elétricos começaram a pegar fogo após o furacão Sandy em 2012. Inundações de água doce na Califórnia não causaram a mesma frequência de incêndios em veículos elétricos se comparadas às da Flórida, segundo o órgão.