A reunião entre os líderes acontece nesta sexta-feira (31) na conferência da APEC e é o primeiro encontro formal entre eles, enquanto as tensões entre Japão e China, que abrangem desde o comércio até a segurança, continuam latentes.
“Eu disse que não se pode negar que existem questões pendentes e divergências de opinião, e é por isso que é importante para nós termos conversas diretas e francas”, disse Takaichi.
A China é o maior parceiro comercial do Japão, enquanto os EUA fornecem a Tóquio garantias de segurança cruciais, o que força o Japão a um delicado equilíbrio em um momento em que a China e os EUA estão cada vez mais em desacordo.
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Diversas questões bilaterais também continuam latentes, incluindo o aumento da atividade militar chinesa em torno de um arquipélago disputado, restrições comerciais, bem como preocupações com a manutenção da paz e da estabilidade no Estreito de Taiwan.
Embora as restrições à exportação de terras raras tenham sido impostas como forma de pressão na guerra comercial entre a China e os EUA, a queda nas remessas também afetou outras economias, incluindo Japão, Coreia do Sul e União Europeia.
Os 17 elementos de terras raras são cruciais para a fabricação de carros e chips.
Mesmo com a reunião entre Xi Jinping e o presidente dos EUA, Donald Trump, na quinta-feira, que resultou na promessa de uma suspensão temporária das restrições impostas pela China, Takaichi afirmou que essa foi uma das questões que ela abordou diretamente com Xi.
“Concordamos em fortalecer a cooperação em diversas áreas, inclusive por meio de vários canais de comunicação, bem como o diálogo Japão-China sobre controles de exportação”, acrescentou ela, referindo-se a um acordo comercial estabelecido em 2023.
Na reunião, que durou pouco menos de 30 minutos, Takaichi também expressou preocupação com a crescente presença militar da China no Mar da China Oriental, inclusive ao redor das disputadas Ilhas Senkaku, chamadas de Diaoyu em chinês. “Concordamos sobre a importância da comunicação contínua e da gestão eficaz de crises entre nossas respectivas autoridades de defesa”, acrescentou.
