Designed by Apple in California, assembled in China. 90% dos iPhones vêm da terra de Xi Jinping. Logo, estão sujeitos ao vale tudo tarifário de Trump – agora em 125% para produtos que se atrevam a serem fabricados na China.
Só que, mesmo num cenário assim, brasileiros que viajarem para os EUA ainda vão ouvir aquele “traz um iPhone pra mim”. Eles ainda serão mais baratos por lá – ainda que a diferença acabaria reduzida a um fiapo.
Um iPhone 16 Pro 256 GB custa US$ 1.099 nos Estados Unidos. Com o corredor polonês das novas taxas, que ainda não estão nos preços que Apple pratica nos EUA, ele iria para US$ 1.824.
Aplique o câmbio desta quarta (9), e isso vira R$ 10.652. No Brasil, só como “tarifaço” que já temos por aqui desde a Idade da Pedra, o mesmo aparelho custa R$ 11.299.
Vamos às contas. Para calcular o valor final do “iPhone + 125%” usamos o preço de produção, na China, calculado pela TechInsighs, uma consultoria americana. Esse valor fica em US$ 580.
125% de US$ 580 são US$ 725.
Aplique US$ 725 ao preço de varejo. Dá US$ 1.824 (66% a mais do que hoje), caso a Apple deseje repassar tudo para o preço final.
Em reais, R$ 10.652. Ou seja: ainda assim, seria 6% mais barato do que no Brasil.
No fim, essa é uma aproximação, porque com a guerra tarifária o iPhone pode ficar ainda mais caro – seja nos EUA, seja no Brasil, seja na China.
Apesar de o aparelho ser montado na China, há peças americanas ali. Caso da memória, que, de acordo com a TecInsights, tem um preço de custo de US$ 21 no caso do modelo de 256 GB. Com as tarifas retaliatórias da China contra os EUA, essa parte já será mais cara. E o custo extra irá para os nossos bolsos.